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Farmácia Popular: unidades próprias começam a fechar neste mês

A alternativa dada pelo governo federal é procurar pelas farmácias privadas com os cartazes "Aqui tem Farmácia Popular"

16/05/2017 - 17h21min

Atualizada em: 16/05/2017 - 17h23min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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Agora, é oficial. As 28 unidades próprias do Programa Farmácia Popular no Rio Grande do Sul estão fechando até o mês de junho. O Ministério da Saúde enviou, semana passada, ofício informando que não vai mais ajudar na manutenção dos locais em todo o país.

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Em Porto Alegre, a única unidade própria do programa funciona junto à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na Rua Ramiro Barcellos, bairro Santana. Na quinta-feira passada, o comunicado do ministério chegou por e-mail.

– Vamos fechar, isso já é certo. Nós entrávamos com o prédio e com os profissionais, o ministério nos mandava os medicamentos. Não entendo essa decisão, é um programa de sucesso. O que fazer agora? Não sabemos ao certo – afirma o diretor da faculdade, professor José Angelo Silveira Zuanazzi.

Ele conta que o local atende, em média, 300 pessoas por dia, sendo uma referência na venda de medicamentos com até 90% de desconto. Segundo ele, em 2016, 30.880 atendimentos foram realizados na unidade. O professor não sabe precisar a data oficial de fechamento.

– Mas deve ser até o final de junho, quando acabarem os medicamentos. Devemos ter uma reunião na próxima semana para acertar esses detalhes – diz.

As outras 27 unidades próprias do programa estão vinculadas a municípios. Todos já foram informados oficialmente pelo Ministério da Saúde sobre o fim dos repasses.

– Todas deverão fechar, os municípios não têm condições de manter sozinhas esses locais. Para junho e julho, esperamos outra portaria do governo, dessa vez informando que vai mandar o recurso para a atenção básica, como prometeu – afirma o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems-RS), Diego Espindola.

Dinheiro para medicamentos

De acordo com o governo federal, os recursos que eram usados na manutenção das estruturas serão realocados para a compra mensal dos medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica e serão distribuídos entre todos os municípios. Dos atuais R$ 5,10 por habitante, a promessa é repassar
R$ 5,58.

A decisão de encerrar o financiamento ocorreu em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), com integrantes das gestões do Estado, de municípios e do ministério.

O que os usuários devem fazer

Para as pessoas que buscam medicamentos nas unidades da Farmácia Popular que estão fechando, a alternativa será buscar os medicamentos nas farmácias privadas que têm o cartazes "Aqui Tem Farmácia Popular" ou nas unidades de saúde dos municípios. Geralmente, elas trabalham com menos variedade de medicamentos do que as unidades próprias.



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