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Segurança na web

Conheça as diferenças entre as formas de pagamento nas compras pela internet

Somente  no Natal passado, as compras pelo comércio eletrônico cresceram 13% em relação à mesma data do ano anterior

14/02/2018 - 09h00min


Erik Farina
Erik Farina
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Comprar pela internet tem virado hábito para uma massa crescente de brasileiros. Apenas no Natal passado, as compras pelo comércio eletrônico cresceram 13% em relação à mesma data do ano anterior, movimentando R$ 8,7 bilhões. As encomendas online cresceram cerca de 10% no ano passado, conforme projeções da Ebit, consultoria especializada em comércio eletrônico. 

A dúvida que surge é qual a forma mais segura de fazer as compras, de forma a se evitar cair em um eventual golpe ou ter os dados vazados por programas maliciosos. Especialistas em comércio eletrônico sugerem dar preferência ao pagamento com o cartão de crédito. Isso por que, desta forma, o cliente mantém certo controle sobre o pagamento se algo der errado — para cancelar a compra, basta entrar em contato com o banco e solicitar o cancelamento.

— Além disso, a documentação exigida para que uma loja virtual possa receber pagamentos via cartão é bastante extensa, enquanto os boletos podem ser facilmente direcionados para alguma conta laranja — compara Tom Canabarro, um dos fundadores da Konduto, empresa que monitora hábitos de compras online.

Ou seja: se uma loja aceita o pagamento via cartão de crédito, já é sinal de que o site não é falso ou criado apenas para dar golpes. Para os consumidores mais receosos em informar seus dados na internet, a opção do boleto bancário pode ser o melhor caminho. Isso por que, ao gerar o boleto, o site não solicita informações pessoais do usuário como número da conta ou do cartão. Por outro lado, no caso de um boleto falso, não há como pedir o dinheiro de volta, a não ser judicialmente, em um processo bem mais lento do que uma ligação para o banco.

A Fecomércio de São Paulo aconselha, a partir de seu Conselho de Comércio Eletrônico, os usuários a buscarem sites que tenham mecanismos de proteção de pagamento, em que o usuário faz o pagamento no momento da compra, mas o dinheiro só chega até o fornecedor caso o cliente receba a mercadoria e não solicite o estorno. Os chamados facilitadores de pagamentos dão até 14 dias para suspender a transferência para as lojas caso o cliente não tenha recebido o produto ou se eventualmente seja entregue com algum defeito. 

Outras maneiras de pagamento, igualmente práticas, estão chegando ao país, surfando principalmente no avanço do uso de dispositivos móveis para fazer compras, como celulares e tablets. São as carteiras móveis ou sistemas móveis de pagamento, nos quais o usuário "transfere" dinheiro de sua conta bancária para uma carteira virtual, e então paga suas encomendas a partir desta alternativa. 

Formas mais comuns de pagamento para compras online


Cartão de crédito

Felipe Nyland / Agencia RBS

O pagamento por cartão de crédito é considerado mais seguro em comparação ao pagamento por boleto. O cartão pode ser roubado, copiado e usado para fraudes, mas o consumidor está protegido pelo seu banco. Se o cartão foi utilizado em alguma fraude, basta ligar para o banco e solicitar o estorno daquela transação. Além disso, a documentação exigida para que uma loja virtual possa receber pagamentos via cartão é extensa e afasta empresas não formalizadas ou mal-intencionadas. 


Boleto bancário

Reprodução / Ver Descrição

É a opção para quem não tem cartão de crédito ou não quer informar os dados na internet. A mesma proteção do cartão de crédito não se aplica no caso de boletos: uma vez pago o documento, as instituições financeiras se eximem de qualquer risco sobre o tema. É justamente nesse momento que surge a oportunidade para os criminosos aplicarem golpes em clientes desatentos. No entanto, se a compra é feita em um site conhecido, esse risco cai bastante. 


Carteiras virtuais

Funciona a partir do cadastro em um programa, informando os dados do cartão de crédito, de débito ou de contas de carteiras eletrônicas, como o do PayPal. Via de regra, não há custos ao comprador. Na hora de pagar uma compra online, basta inserir as credenciais do perfil e selecionar de onde o dinheiro sairá. 

Mais recentemente, outros serviços do gênero foram lançados, mas funcionam apenas em dispositivos que utilizam determinados sistemas operacionais. Já estão disponíveis no Brasil serviços do gênero como Android Pay, para smartphones que usam o sistema operacional do Google, e Samsung Pay, para dispositivos Samsung. A Apple confirmou que seu sistema móvel de pagamentos, o Apple Pay, chegará nos próximos meses ao país e funcionará para smartphones e relógios inteligentes.

Fonte: Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomércio-SP, Ebit e Konduto





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