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Para fechar negócio

Saiba como fazer a melhor negociação no Feirão da Casa Própria da Caixa; evento ocorre até domingo na Capital

Há cerca de 9 mil imóveis disponíveis no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. Financiar até 70% do valor de imóveis usados é uma das atrações desta edição

04/05/2018 - 17h20min

Atualizada em: 04/05/2018 - 17h31min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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Tadeu Vilani / Agencia RBS
Feirão ocorre até domingo no Centro de Eventos da PUCRS

Junte a documentação básica (comprovantes de renda, de endereço, extrato do FGTS), escolha um calçado confortável e vá sem pressa, neste final de semana, ao Centro de Eventos da PUCRS (Avenida Ipiranga, 6.681, Prédio 41). Lá você vai encontrar o Feirão Caixa da Casa Própria 2018, que começou nesta sexta-feira (4). 

Trata-se do grande trunfo do banco neste primeiro semestre para conquistar mais financiamentos habitacionais. O evento ocorre em todo o país, cerca de duas semanas depois de o banco ter anunciado a queda de juros e a ampliação do limite de financiamento para imóveis usados. Logo ao entrar no Feirão, os visitantes irão deparar com a área de atendimento da Caixa para as simulações de quanto se pode financiar de acordo com a renda familiar.

– Juntamos no mesmo lugar todos os atores que fazem o financiamento acontecer. São corretores, construtoras, imobiliárias e os empregados da Caixa para ajudar os visitantes. O fator novo positivo é que, há poucos dias, a Caixa reduziu as taxas de juros, isso é mais acessibilidade para a população ter a casa própria – explicou o vice-presidente de Clientes e Negócios da Caixa, Henrique Cruz.

De acordo com a Caixa, a maior parte dos 9 mil imóveis disponíveis, entre novos (6,9 mil) e usados (2,8 mil) custa entre R$ 128 mil e R$ 215 mil, dentro da faixa do programa Minha Casa Minha Vida. São imóveis na faixa popular de empreendimentos, a maioria na Região Metropolitana


Nome limpo é fundamental para o negócio

Mas fazer a simulação e saber quanto se pode financiar é só o começo. Muitas famílias chegam confiantes ao balcão da imobiliária para encaminhar o financiamento e esbarram em um obstáculo: o nome negativado por causa de uma dívida não paga. E não precisa ser de grande valor.

– É frustrante, a família confiante, achando que está perto de fechar o negócio. Aí, perguntamos se tem alguma restrição de crédito. O interessado responde certo que não. Colocamos o CPF dele no sistema e pronto, está negativado por uma conta de telefone não paga. Não tem o que fazer, a Caixa não aceita – conta o diretor da Pop Comercialização de Imóveis, Eduardo Guimarães, um dos expositores do Feirão.

Estar com o nome limpo da praça não é o único critério levado em conta. Quem for fechar negócio precisará abrir o jogo sobre a vida financeira: revelar quanto paga de aluguel, se tem outras dívidas ou outras fontes de renda. Porque, nos estantes das construtoras e imobiliárias, se fará uma análise profunda para saber se aquela família pode, mesmo, entrar em um financiamento longo, de até 35 anos. Esconder dívidas é um tiro no pé.

– Os imóveis novos estão na planta, em construção, podendo levar de 12 a 24 meses para serem concluídos. Trinta dias depois de assinar o contrato com a Caixa, a pessoa começa a pagar um percentual da parcela por mês. Quem paga aluguel pode ter dificuldade de arcar com mais esse valor mensal ainda antes de se mudar para o novo endereço – alerta o o corretor de imóveis Murialdo Crescencio, especializado no Minha Casa Minha Vida.


Feirão Caixa da Casa Própria 2018

Quando: até domingo

Horário: sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 18h

Onde: Centro de Eventos da PUCRS (Avenida Ipiranga, 6.681, Prédio 41)


Roteiro para o bom negócio

1 - Crédito na mão
- Uma ilha com agentes da Caixa espera, já na entrada, pelos visitantes para tirar dúvidas e fazer simulações de financiamento.
- Uma dica é circular já sabendo o quanto pode financiar para fazer a pesquisa certa.
- O ideal é reservar um período livre para passar em todos os estandes e comparar as propostas.

2 - Cartas na mesa
- No estante da construtora/imobiliária é que as cartas serão lançadas. A aprovação de crédito no estante da Caixa é apenas o primeiro passo.
- Uma nova simulação será feita. E, desta vez, levando em consideração o valor do imóvel em questão.
- Fique atento: o limite de financiamento com a Caixa (80% para novos e 70% para usados) mais a diferença a ser paga para a empresa precisa caber na renda familiar.
- Essa análise será com o profissional da incorporadora ou da imobiliária. Cada caso é muito particular. Se a conta não fechar, não force a barra. A Caixa é rápida para retomar imóveis de inadimplentes.

3 - Negociação ainda existe
- Os preços dos imóveis no feirão já são baixos para chamar o público. Mas quem tiver uma reserva financeira pode tentar alguma vantagem.
- Em um imóvel novo de R$ 150 mil, por exemplo, o financiamento da Caixa pode cobrir até R$ 120 mil (80%). Ainda restam R$ 30 mil a serem pagos para a construtora.
- Aí, pode entrar o FGTS (leve o último extrato) para abater esse valor. O restante se negociará em prestações que caibam na renda da família. Mas não esqueça que terá junto a parcela a ser paga para a Caixa todo mês.
- Um trabalhador pode propor uma mensalidade mais baixa à incorporadora, mas com reforços por ocasião do 13º salário ou do plano de participação de resultados da sua empresa.
- Um automóvel, por exemplo, pode entrar como uma garantia para essa parte do valor não coberto pelo financiamento. Mas isso depende de cada construtora, converse com várias.
- Para empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, é possível colocar no negócio um outro imóvel, desde que não seja na mesma cidade ou em município limítrofe a ela.

4 - Olho nos custos extras

- Não é só a prestação do financiamento, há custos que são por conta do comprador e não aceitam parcelamento.
- Sugere-se a reserva de 5% a 8% do valor do imóvel para taxas de registro em cartório, imposto de transferência, pagamento da vistoria e custos de mudança.
- Só o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) em Porto Alegre tem alíquota de 3%. Ou seja, equivale a R$ 6 mil para um imóvel avaliado em R$ 200 mil.
- Fique esperto. A lei garante desconto de 50% no registro e na escritura na compra do primeiro imóvel pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). É importante lembrar disso no cartório.
- Leve em conta os valores do IPTU e da taxa de condomínio.
- Deixar de pagar o imposto e o condomínio pode levar à perda do imóvel, mesmo sendo o único da família.


Atendimento

- Para requerer o crédito no feirão, basta levar documento de identidade, CPF, Carteira de Trabalho (no caso de se usar o FGTS, e leve também o último extrato do Fundo), comprovante de renda (últimos três meses) e residência atualizados. No caso de autônomo, leve o comprovante de declaração do Imposto de Renda.
- Comprovante de endereço atualizado.
- Os interessados também podem obter informações em todas as agências da Caixa, no site do banco ou pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800 726 0101), disponível 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana.


Olho nos imóveis

Novos ou em construção
- Não feche negócio sem conhecer a localização do novo imóvel.
- Cobre da construtora o memorial descritivo do imóvel. Nele estão os detalhes do apartamento e do condomínio como áreas oferecidas e materiais usados.
- Confira também o histórico da construtora. Entrega no prazo? Há queixas nos órgãos de defesa do consumidor?

Usados
- Visitação obrigatória antes de fechar o negócio. Observe o estado geral, as paredes, o reboco, a condição da pintura, os azulejos na cozinha e no banheiro.
- Confira a situação do condomínio. Pagamento está em dia? Há dívidas não pagas? Há muita inadimplência? Haverá chamada extra no futuro próximo?
- Confira os seguintes documentos do imóvel usado: matrícula atualizada no Registro de Imóveis, certidão negativa de dívida de condomínio e certidão negativa de IPTU.


As medidas que esquentam o feirão

- A Caixa reduziu as taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
- As taxas mínimas passaram de 10,25% ao ano para 9%, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) - imóveis de até R$ 800 mil - e de 11,25% a.a para 10% a.a, para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
- O banco também promoveu melhoria das condições no financiamento de imóveis para pessoa física. O limite de cota de financiamento do imóvel usado sobe de 50% para 70%.
- O banco também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.
-  Para unidades novas, foi mantido o percentual de 80% no teto do financiamento.  

Fontes: diretor da Pop Comercialização de Imóveis, Eduardo Guimarães, corretor de imóveis Murialdo Crescencio, educadores financeiros Jaques Diskin e Jó Adriano da Cruz; Caixa Federal, portal ZAP e Guarida Imóveis  




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