Espaço do Trabalhador



Fique atento

Mais de 8,7 mil gaúchos devem realizar perícia do INSS em março

De 50 mil benefícios já revisados, 43.582 auxílios doença foram cancelados no RS, o que equivale a 87% do total

01/03/2018 - 14h06min


Michelle Raphaelli
Michelle Raphaelli
Enviar E-mail

Nesta quinta-feira (1), começa a segunda etapa do pente-fino do INSS. Somente no Rio Grande do Sul, já foram encaminhadas 32 mil cartas de convocação para perícia — 20 mil de aposentados por invalidez e 12 mil por auxílio doença. Dessas convocações, 8,7 mil perícias já estão agendadas para março  — 4,5 mil de auxílio doença e  4,2 mil de aposentadorias por invalidez. 

De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, a revisão  deverá gerar uma economia de R$ 700 milhões por ano.

— A nossa intenção é completar toda a revisão de auxílio doença até maio e revisões de aposentadoria por invalidez até o fim do ano. No total, 88,3 mil perícias de auxílio doença estão em processo de revisão, 50 mil já foram concluídas. Ainda faltam ser revisados 38.633 benefícios, trabalho que será realizado até maio. Até o fim do ano, a ideia  é concluir a revisão de 94 mil benefícios de aposentadoria por invalidez — explicou. 

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, a etapa que começa nesta quinta-feira deve ter uma velocidade maior do que o que foi feito em 2017. A capacidade de revisão com a adesão de 96,5% da categoria dos peritos passa de 20 mil perícias por mês para 230 mil, em números gerais Brasil.  Beltrame destaca que, em um mês de trabalho de 2018, vai ser feito o volume de todo ano de 2017.

Ele destaca que, até agora, dos 50 mil revisados, 43.582 benefícios de auxílio doença foram cancelados no Estado, o que equivale a 87% de cancelamentos. A média nacional de cancelamentos é de 80%.

Segundo o secretário, a porcentagem demonstra um descontrole de concessão e manutenção de benefícios.

— Houve, em um determinado momento no INSS, um descontrole completo da governança de concessão e manutenção de benefícios que custam aos cofres da Previdência, só no auxílio doença, em torno de R$ 27 bilhões por ano. Esse gasto, com a revisão,  deverá cair para R$ 20 bilhões em 2018. Tínhamos 1,8 milhão de benefícios ativos quando começamos as revisões e, no momento, já são 1,3 milhão. A nossa projeção, até o final do ano, é ter 1,1 milhão de beneficiados. Isso vai gerar economia de R$ 15,7 bilhões em todo Brasil — projeta.

Em todo o Brasil, 85 mil perícias já estão agendadas, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social. A pasta planeja fazer 1,2 milhão de avaliações até o fim do ano. Depois de notificado, o beneficiário tem até cinco dias úteis para agendar a perícia pela Central de Atendimento da Previdência Social, no telefone 135. Se o cidadão não fizer o agendamento, o benefício será suspenso até a situação ser regularizada.


Últimas Notícias