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O inglês é mesmo tão importante para o mercado de trabalho? Confira outras especialidades exigidas pelas empresas

Ser fluente na língua inglesa em vez de ter nível intermediário em dois idiomas está entre as dicas dos especialistas

01/03/2018 - 10h37min

Atualizada em: 01/03/2018 - 14h42min


Você está em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho e quando finalmente encontra a vaga que se encaixa no seu perfil, você percebe que atende a quase todas as exigências, exceto o requisito "fluência em inglês"? Pois saiba que é cada vez mais comum empresas buscarem candidatos que tenham domínio total do idioma e, no futuro, esse conhecimento será imprescindível, de acordo com Nicole B. Braga, consultora de carreira da Kopelli Desenvolvimento Empresarial, que faz parte da Place Consultoria e RH. 

 — O inglês é um diferencial sempre, independente da carreira — afirma Thaís Garzieira, sócia-diretora da Staff Recrutamento e Consultoria em RH. 

A dica de Thaís, no entanto, é investir primeiramente em graduação e, se for possível, realizar um curso de inglês no mesmo período da faculdade. Ela orienta quem nãopuder iniciar a capacitação simultaneamente a buscar recursos gratuitos, como cursos online, por exemplo, para já ter um conhecimento básico do idioma. 

— Hoje os clientes que não operam fora do Brasil, mas que têm projetos, já preferem um candidato com inglês — conta. 

Para quem deseja construir uma carreira em outro país, o intercâmbio pode ser uma boa opção para treinar a língua, vivenciar outras culturas e conhecer o mercado internacional. De acordo com Nicole, o inglês se destaca pela amplitude que ele oferece, abrindo mais portas que qualquer outro idioma. Ser fluente na língua inglesa é mais importante do que possuir nível intermediário em duas ou mais línguas, indica a consultora. Ela orienta, ainda, aulas particulares para exercitar a conversação. 


Estar antenado no mundo tecnológico faz a diferença

Algumas competências exigidas há mais tempo continuam nos requisitos de muitas vagas, como é o caso do Excel. Segundo Patrícia Zettler, consultora de recursos humanos da Solucionare Ações e Ideias em RH, esta é uma das ferramentas mais solicitadas pelas empresas no momento. Já programas como o Photoshop são exigências de áreas mais específicas, como design gráfico, por exemplo. O tão utilizado WordPad não entra mais como requisito, pois já é considerado uma ferramenta básica. 

Atualmente, outros conhecimentos como inteligência artificial, indústria 4.0, computação em nuvem e plataformas e-commerce, como a Vtex, por exemplo, são importantes no mercado de trabalho, de acordo com Thaís. Ela explica que existem muitas ferramentas que são essenciais para um profissional aprender, mas é preciso estudar o investimento, tanto financeiro, quanto de tempo, para ver o que realmente está sendo usado na sua área de atuação. Thaís afirma que é mais importante fazer network, ou seja, manter uma rede de contatos profissionais, do que realizar cursos que não se encaixam com a sua atividade.

Segundo Nicole, é fundamental estar antenado no mundo tecnológico e saber utilizar as redes sociais, principalmente o LinkedIn


Busca constante pelo conhecimento

Quem acha que ter Ensino Superior completo e ser fluente em inglês basta, está muito enganado. Ter uma graduação é o mínimo requisitado pelas empresas, de acordo com Nicole. Thaís garante que continuar estudando é um diferencial, a pós-graduação, por exemplo, amplia a rede de contatos e possibilita estar sempre em conformidade com as boas práticas de mercado. 

— As empresas buscam candidatos que procuram constantemente conhecimento e atualização — orienta. 


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