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Dia do Cantor

Com a voz, levam alegria ao público

Bares da Capital abrem cada vez mais espaços para cantores e cantoras acima dos 50 anos. Eles têm carisma, repertório amplo e seguidores fiéis

13/07/2012 - 06h16min

Atualizada em: 13/07/2012 - 06h16min


Luiza Helena (E) e Jô (D) dão o recado através do samba

Esta noite, em algum lugar de sua cidade você ouvirá uma voz alegrando a noite em um bar qualquer. Esta noite, quando a lua brilhar no céu, um cantor vai entoar um samba antigo, que falará de amor, reencontros e promessas, como aquele do grande sambista Ismael Silva, que diz: "Se você jurar, que me tem amor, eu posso me regenerar..."

E hoje, as vozes serão ainda mais emocionadas, porque é o Dia do Cantor. Por isto, o Diário Gaúcho presta sua homenagem a todos aqueles que, com suas vozes, levam alegria e emoção ao público.

Na Capital, os bares oferecem atrações de todos os gêneros e cantores de todas as idades, especialmente aqueles da geração acima dos 50 anos, com longa ficha de serviços prestados à boemia porto-alegrense.

Feras do samba e do rádio

Gente como Cláudio Barulho que, aos 69 anos, mantém um entusiasmo juvenil à frente da Banda da Lapa. Nas décadas de 70, 80 e 90, ele se consagrou como puxador de várias escolas de samba da cidade, como Bambas da Orgia, Imperadores do Samba, Praiana e Estado Maior da Restinga. Hoje, se apresenta num quarteto de respeito.

Zé Carlos, 71 anos, é outra fera do tempo em que o rádio mantinha orquestra em seu quadro funcional. Ele se apresenta regularmente no Clube do Choro e, nas horas vagas, anima bailes com o histórico Norberto Baldauf.

Internet deu mais visibilidade

- É uma nova e importante fase que estamos vivendo, porque a maioria dos artistas estava parada. Agora, não. Estão nos bares, em clubes e até em eventos fechados, graças à visibilidade que a internet dá -afirma o presidente do Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio Grande do Sul, Adair Antunes.

Por meio das redes sociais, especialmente o Facebook, músicos da velha guarda divulgam suas agendas, datas de apresentações e repertórios.

Em busca dos clássicos

A reportagem do DG reuniu essa turminha que educou a voz em meio ao ambiente esfumaçado dos bares para falarmos sobre este novo momento de mudança, inclusive na cultura musical da plateia.

- Esses dias, uma menina que não tinha 20 anos pediu para eu cantar A Flor E o Espinho (clássico de Nelson Cavaquinho) - revela a cantora Jô, surpresa com o pedido da jovem, que escolheu uma canção composta em 1955.

Onde ouvi-los:

Zé Carlos, 71 anos, no Clube do Choro (Clube Ipiranguinha, na Avenida Princesa Isabel, 795, às quintas-feiras).

Cláudio Barulho, 69 anos, no Restaurante Terra Nova (na esquina das ruas Santa Cecília e Neuza Brizola, às segundas) e no Boteco Tipo Exportação (na Rua General Lima e Silva, 898, às quintas-feiras.).

Luiza Helena, 67 anos, Jô Souza, 57 anos, e Adair Antunes, 67 anos, no Prato do Dia (Rua João Alfredo, 199, às terças-feiras).

Zé Carlos "Cara", 69 anos, no Prato do Dia, às sexta-feiras.

Di Maior, 57 anos, e Alequis do Cavaco, 34 anos, no Boteco Tirol (Wenceslau Escobar, 1823, às sextas e sábados).


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