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Vandalismo

Bonde invade escola no bairro Lomba do Pinheiro, na Capital

Pichações, tinta, vidros quebrados, fogo e até fezes foram as marcas deixadas por vândalos em escolas no final de semana. Alunos ficaram sem aula

02/10/2012 - 07h27min

Atualizada em: 02/10/2012 - 07h27min


Ontem foi dia de faxina, não de aula. Até esqueleto foi tirado do armário

Na manhã de ontem, a primeira funcionária a chegar à Escola Estadual Eva Carminatti, na Lomba do Pinheiro, levou um susto. Ao abrir os portões, apavorou-se com a audácia dos vândalos: corredores pichados, parte das grades quebradas, salas sujas e até fezes no chão.

Pela segunda vez em quatro meses, os 800 estudantes foram impedidos de estudar pela ação de gangues de adolescentes, os bondes. A perspectiva é de que hoje as aulas sejam retomadas.

- Seguidamente vejo salas urinadas ou com fezes. Mas, dessa vez, passaram dos limites - disse a funcionária.

Aos pais, restava a surpresa pelos portões fechados. A diretora Carmen Sílvia Martins até convidou alguns a entrar e ver o tamanho do estrago:

- Só três aceitaram.

Diretora: "Já perdi as contas"

A maioria prefere o silêncio. Mas todos sabem que a escola se tornou um palco do confronto entre rivais da Vila Mapa e da Quinta do Portal. As pichações denunciam um dos bondes.

- Foi uma atitude por puro vandalismo, não roubaram nada. Já perdi as contas do quanto já gastamos - desabafou a diretora.

Em setembro, o gasto foi de R$ 600.

Reforço não adiantou

Na quinta-feira passada, a escola reforçou as grades que cercam o pavilhão. De nada adiantou: o local foi invadido por uma das grades novas. O refeitório ficou irreconhecível.

Quatro quadros-negros foram perdidos, sujos de tinta. Os cabos do computador da biblioteca também foram cortados. E, em todo um andar, as fezes estavam espalhadas pelo chão e nas paredes.

O ataque, que provavelmente aconteceu na madrugada de ontem, foi registrado pela BM. A direção da escola, que não conta com vigilantes ou alarme, enviou um ofício solicitando um acréscimo de verbas para reforçar a proteção.

Teve baderna em Gravataí

Uma faixa que lembrava a campanha pela paz nas escolas desapareceu na madrugada de sábado no pátio da Escola Municipal Getúlio Vargas, na Morada do Vale I, em Gravataí. Havia sido consumida pelo fogo. Era dos quatro focos. Além disso, o pátio estava alagado: canos haviam sido quebrados pelos baderneiros.

- Foi puro vandalismo, não entraram em salas e não levaram nada - desabafou a secretária, Cleida Miranda.

Em julho, a escola já havia sido alvo das invasões. Mas naquela vez houve pichações nas paredes. A escola é equipada com alarme, mas o equipamento nem foi acionado, pois nenhuma porta foi forçada. O município está em fase de licitação para colocar câmeras de segurança na escola.


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