Fala aí, passageiro!
Em cada dez ônibus, 7,5 atrasados e 6,9 atrolhados em Porto Alegre
Diário ouviu 50 usuários de coletivos para ter uma noção do serviço na Capital. Dos quatro locais, a melhor situação está na Av. Salgado Filho. Caos é a Av. Bento
O transporte público de Porto Alegre virou centro de discussões e protestos nos últimos 50 dias. Debates à parte sobre a indignação das empresas com a suspensão da tarifa de R$ 3,05 ou a comemoração dos estudantes pela volta da tarifa a R$ 2,85, o Diário Gaúcho foi em busca de medir a satisfação do usuário em duas situações: a superlotação e a tabela horária dos coletivos.
O balanço das respostas: três em cada quatro ônibus circulam atrasados
(7,5 em cada dez) e 6,9 em cada dez têm superlotação.
Os dois itens estão entre os dez pontos a serem ainda esclarecidos pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na inspeção solicitada pelo Ministério Público de Contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
- Uma espera de plantar batata
Para obter uma amostra considerável, a reportagem ouviu 50 pessoas em quatro pontos diferentes da cidade, entre as 9h e as 11h30min de quinta-feira: Rua Uruguai, Avenida Salgado Filho, Avenida Bento Gonçalves e Camelódromo. As perguntas foram as seguintes: de cada dez viagens, em quantas encontra superlotação? De cada dez viagens, em quantas sofre com atrasos?
- Tem vezes que a gente espera tanto que chega a plantar batata na parada. Moro no Bairro Santa Teresa. Se a pessoa está com pressa, é pior ainda - observa a auxiliar de serviços gerais Rosemeri Xiquinati, 25 anos.
Bento é o ponto mais crítico
Dos quatro locais, o mais crítico é o cruzamento da Avenida Bento Gonçalves com a Terceira Perimetral: em cada dez ônibus, segundos os usuários consultados, 8,4 passam superlotados e 8,2 atrasados. O ponto que teve os melhores índices é a Avenida Salgado Filho: 5,3 atrolhados e 6,7 com demora em excesso.
Confira aqui uma imagem com a opinião dos 50 usuários de coletivos da Capital consultados pela reportagem do Diário Gaúcho.