Lição de paciência
Escolas públicas da Capital não receberam uniformes
Reportagem do Diário Gaúcho apurou que 23 escolas ainda não receberam os kits
O caso dos uniformes escolares para alunos da rede pública municipal de Porto Alegre virou uma novela mexicana: longa e chorosa. O capítulo recente desse dramalhão sem graça mostra de um lado uma empresa que não cumpre prazos e, de outro, o poder público que ameaça punir e não pune o descumprimento de um contrato que envolve R$ 6,7 milhões.
Pelo acordo, a Capricórnio S/A deveria entregar a totalidade dos kits até quinta-feira passada. Mas, na sexta-feira, conforme apurou a reportagem, 23 das 96 escolas ainda não haviam recebido o conjunto de roupas e tênis. Na conta do distribuidor, faltava entregar para 20.
Multa não será aplicada
A pena prevista pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) era de multa de R$ 20,1 mil por dia, mas a sansão não será aplicada.
- Como faltam poucos dias, vamos aguardar. Não é um atraso grande. Eles deverão entregar o que falta na segunda, na terça e na quinta-feira - revelou o coordenador da área jurídica da Smed, Conrado Lopes.
O jornal tentou contato com a assessoria da empresa em São Paulo, mas não foi atendido.
Parte dos kits não chegou
Há problema até onde os kits já foram entregues. Com cerca de mil alunos, a Escola Municipal de Primeiro Grau Vereador Martin Aranha, no Bairro Santa Tereza, recebeu apenas parte dos uniformes. Na sexta, a turma A11 do primeiro ano do primeiro ciclo exibia orgulhosa o uniforme de verão: camiseta de manga curta e calção e short-saia. O kit de inverno, com camisas de manga longa, calça de moletom e moletom não chegou.
- Alunos que calçam número inferior a 30 e superior a 40 também ficaram sem tênis - completou a diretora Mara Gasparotto.