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Luto na folia

Primeiro Rei Momo negro do carnaval de Porto Alegre é sepultado na Capital

Adão Alves de Oliveira, o Lelé, morreu aos 88 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos

17/07/2013 - 19h51min

Atualizada em: 17/07/2013 - 19h51min


Lelé ganhou notoriedade no Carnaval nos anos 40 e 50, quando era forte a folia no Areal da Baronesa, área pertencente ao Bairro Cidade Baixa

O Carnaval de Porto Alegre perdeu nesta quarta-feira um de seus personagens mais marcantes. Adão Alves de Oliveira, o Lelé, primeiro Rei Momo negro da cidade, morreu aos 88 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, no Hospital Vila Nova, onde estava internado havia uma semana. O sepultamento foi realizado no final da tarde, no Cemitério Jardim da Paz.

Lelé ganhou notoriedade no Carnaval nos anos 40 e 50, quando era forte a folia no Areal da Baronesa, área pertencente ao Bairro Cidade Baixa. Seu reinado começou em uma brincadeira. Ele e amigos conversavam em uma esquina, numa tarde de fevereiro de 1948, quando surgiu a ideia de criar um personagem, com o qual pudessem beber de graça.

À noite, com uma fantasia improvisada e uma coroa de papelão, sobre um andor carregado por quatro amigos, Lelé percorreu o comércio da região, dizendo-se rei da Etiópia. A partir da brincadeira, foi oficializado Rei Momo do coreto da região. Até então, a cidade só havia tido reis momos brancos.

Além de Rei Momo, Lelé também jogou futebol em equipes profissionais da Capital já extintas, como o Força e Luz e o Nacional. Ele deixa uma filha, uma neta e quatro bisnetos.


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