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Sem socorro na Capital

Secretário ainda não sabe se todas as ambulâncias estavam ocupadas na manhã de terça-feira

Idoso sofreu mal súbito e não foi socorrido porque, segundo a alegação, não havia veículo disponível

21/08/2013 - 11h48min

Atualizada em: 21/08/2013 - 11h48min


Cerca de 20 minutos depois do primeiro telefonema, PMs chegaram e levaram Orlando ao HPS numa viatura do 9º BPM

O secretário da Saúde Carlos Casartelli ainda aguarda a planilha de três ambulâncias da Samu para saber se os 15 veículos de socorro da Capital estavam ocupados na manhã de terça-feira, quando um idoso precisou de atendimento. O segurança e jardineiro Orlando Francisco Rodrigues da Silva, 70 anos, sofreu mal súbito no terminal de ônibus Parobé e não foi socorrido porque, segundo a alegação, não havia ambulância disponível.

Em coletiva de imprensa nesta manhã, Casartelli voltou a condenar a atitude do funcionário que respondeu ao pedido de ambulância com rispidez, antes de desligar o telefone. Ele chegou a dizer "não foi ambulância porque não tem. Ponto. Acabou". Segundo o secretário, nas duas chamadas registradas o procedimento do médico regular foi equivocado. O profissional, que estaria em uma situação de estresse, continuará afastado até que o inquérito administrativo seja concluído e seu comportamento avaliado.

A partir da tarde desta quarta-feira, o veículo de intervenção rápida do Samu, que poderia ter sido utilizado no socorro do idoso, voltará a funcionar. Ele estava parado no Hospital de Pronto Socorro. Casartelli afirmou desconhecer o motivo.

O secretário também anunciou a criação de uma 16ª base do Samu em Porto Alegre, ainda sem previsão.

Entenda o caso

- Orlando Francisco Rodrigues da Silva, 70 anos, sofreu mal súbito no terminal de ônibus Parobé e não foi socorrido porque, segundo a alegação, não havia ambulância disponível.

- Em vez de pedir informações ao repórter Manoel Soares (interrompeu reportagem para telefonar ao 192) sobre o estado de saúde de Orlando, o funcionário do Samu respondeu ao pedido de ambulância com rispidez, antes de desligar o telefone.

- Enquanto isso, Orlando era atendido pelo bombeiro Guilherme Limongi Barbieri, 21 anos, que tinha saído do serviço e passava pelo local. Em vídeo, ele relatou o socorro:


- Cerca de 20 minutos depois do primeiro telefonema, PMs chegaram e levaram Orlando ao HPS numa viatura do 9º BPM. Não havia maca, e o segurança foi levado nos braços até o carro.

- Segundo o hospital, o paciente chegou às 10h54min. Seis minutos depois, foi constatada a morte. O DML informou que a causa foi parada cardiorrespiratória por complicações de um carcinoma (tipo de câncer) na região pélvica.


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