Ao fim da assembleia dos professores que decidiu pelo fim da greve, a Secretaria do Estado se manifestou a respeito da paralisação que começou em 23 de agosto. Além de avaliar a mobilização como pouco representativa, o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, garantiu que as aulas vão ser normalizadas.

- Vamos fazer um esforço grande para que o prejuízo a esses alunos que não tiveram aula seja o menos possível - afirmou Azevedo.

Sobre a possibilidade do corte do ponto dos grevistas, o secretário explicou que o abono das faltas estará vinculado à avaliação do calendário de recuperação das aulas apresentado pelas escolas. Conforme Azevedo, "o plano tem que ser realizável" e, "certamente implica em comprometer dias não previstos no calendário letivo".

- A greve não deu em nada, porque para atender às questões que nós estamos atendendo não precisaria de greve. Eu disse no início que a greve não teria nenhuma possibilidade de êxito e afirmo, ela não teve nenhum êxito a não ser aqueles que nós já apontávamos como possibilidade de avanço - concluiu o secretário.

Assembleia encerra greve

Finalizando uma semana movimentada, em que chegaram a ocupar o prédio da Assembleia Legislativa e conseguiram uma reunião com o governo do Estado, em assembleia do Cpers, os professores estaduais decidiram encerrar a paralisação iniciada em 23 de agosto.

Segundo a vice-presidente do sindicato, Neida de Oliveira, a mobilização grevista foi enfraquecida devido a cooptação, por parte do governo, de integrantes do movimento por meio de cargos de confiança. Agora, para Neida, "a ideia é retornar às bases e planejar os próximos passos, pois vamos continuar pressionando o governo para que atenda as reivindicações dos professores".

Confira como foi a assembleia: