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Teste na Capital

Diário Gaúcho volta ao Centro para verificar como está a acessibilidade

Andar pelas ruas é uma verdadeira corrida de obstáculos para quem tem dificuldade de locomoção

22/10/2013 - 08h06min

Atualizada em: 22/10/2013 - 08h06min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Andar pelas ruas da Capital é uma verdadeira corrida de obstáculos para quem tem dificuldades de locomoção. Degraus, escadarias, calçadas esburacadas e outras barreiras arquitetônicas tornam ainda mais difícil a vida das pessoas com deficiência.

Dois anos atrás, o Diário Gaúcho mostrou dois locais do Centro de Porto Alegre que deixavam a desejar nos quesitos mobilidade e acessibilidade: a Catedral Metropolitana e a Praça da Matriz. A igreja se adequou, mas o espaço a sua frente continua com calçadas esburacadas, sem rebaixamento e até postes impedindo a passagem, além de problemas de pavimentação.

Na praça, problemas persistem

Na Praça da Matriz, dois anos depois do teste feito pela reportagem do Diário Gaúcho, a situação ainda é caótica. A pavimentação com pedras portuguesas possui vários buracos, um verdadeiro perigo para quem usa cadeira de rodas.

Em vários pontos onde há falta de pedras, até mesmo os pedestres estão sujeitos a tropeçar e se machucar.

De acordo com o coordenador de comunicação da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), Fabiano Cardoso, já houve uma visita ao local:

- Será feita uma nova verificação nos próximos dias, mas ainda não há um prazo para a manutenção do local.

Segundo Fabiano, as mudanças estruturais da Praça da Matriz estão previstas no Programa Monumenta, projeto do Ministério da Cultura que tem como objetivo revitalizar o patrimônio histórico dos municípios.

Mais perto de Deus

Na Catedral Metropolitana, a instalação de uma rampa facilitou bastante a vida de cadeirantes, mães com carrinhos de bebê, idosos e pessoas com problemas de locomoção. Feito de chapa de aço, o acesso tem uma boa inclinação e possibilita o acesso ao local com segurança. Agora, finalmente, qualquer um pode fazer suas orações sem ser "barrado" por limites arquitetônicos.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social de Porto Alegre (Smacis), a rampa foi solicitada pela Cúria Metropolitana e a instalação ficou a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Iphan).

Promessas para a Copa

As demais adaptações necessárias nos principais pontos turísticos da Capital devem estar prontas até a Copa 2014, segundo a arquiteta Gislaine Silva, coordenadora de acessibilidade da Smacis:

- Com as obras da Copa, até 2014 os principais pontos turísticos estarão acessíveis.

Faltando oito meses para o Mundial, ainda há muito o que fazer no que diz respeito à
mobilidade e acessibilidade. O plano de revitalização das calçadas está em vigor desde 2011, mas ainda há muitos lugares onde o passeio público impossibilita a circulação de pessoas com deficiência.

A segunda etapa do programa "Minha Calçada: Eu curto, Eu cuido" foi lançada dia 17 de setembro e prevê a fiscalização de mais nove bairros, totalizando 12.

- Conseguimos avançar graças às parcerias. As pessoas sabem que uma calçada bem cuidada diz respeito à cidadania - afirmou o prefeito José Fortunati.

Michele aprovou a nova rampa na Catedral Metropolitana

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