Pilotos de todo o Estado irão se reunir em Porto Alegre no próximo sábado para a
39ª edição da Procissão de Motociclistas em Homenagem à Nossa Senhora Aparecida.
São esperados mais de 50 mil participantes no desfile que irá do Centro à Zona Norte
da Capital.

- O ano passado ultrapassamos esse número e, agora, contamos com a participação maciça dos motociclistas para quebrar a marca de novo - convida o presidente do Sindicato dos Motoboys (Sindimoto), organizador do evento, Valter Ferreira.

Para se ter uma ideia do tamanho da fila, quando o veículo que leva a imagem da Padroeira passa, é preciso cerca de uma hora até que a última moto do comboio cruze o local.

- A fila aumenta ao longo do percurso, porque outros motociclistas vão se agregando à marcha. Uma hora depois da entrada no Porto Seco, ainda tem gente chegando - comenta Valter.

Com a proteção da Aparecida

A concentração será na Avenida Augusto de Carvalho, no Centro, a partir das 7h. Na largada, prevista para 8h30min, a benção será do arcebispo emérito da arquidiocese de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings.

Por volta das 10h30min, na chegada ao Porto Seco, a bênção será do padre Vanderlei Mengue Bock, da paróquia São Cristóvão, de Canoas, que participa pela quarta vez e vai acompanhar o trajeto desde a largada em sua Harley-Davidson Road King, de 1600cc.

- Faremos um momento de oração e benção coletiva, seguido da benção dos capacetes dos motociclistas - conta.

Em parceria com a Yamaha, serão distribuídos dez mil selos adevisos com a imagem da santa. Segundo o pároco, além da celebração do ano de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, o evento pretende propagar a mensagem de valorização da vida e do respeito no trânsito.

- Não adianta pedir a proteção divina se não houver a prudência humana - ensina.

Faltou apoio para ação solidária

Este ano, a procissão não fará a ação de recolhimento de alimentos para carentes, realizada na edição anterior.

- Buscamos apoio junto ao governo e outras entidades, mas, infelizmente, não logramos êxito - lamenta Valter.

No ano passado, em troca de alimentos não perecíveis, foram distribuídas 3 mil camisetas com a imagem da Padroeira e do Padre João Peters, criador do evento que morreu em 2006.

- De qualquer forma, não dá para desaminar, porque a conscientização para reduzir o
número de acidentes é o mais importante - declara Valter.