Sempre que precisa comprar alguma coisa a bancária Caroline Bona, 22 anos, não sai pelas lojas para fazer pesquisa de preço. Seu destino é outro: a internet.

- Já encontrei itens mais baratos em sites do que na própria loja física. Sem contar que muitos sites e vendedores oferecem frete grátis - garante Caroline.

Mas não são as páginas de lojas conhecidas que atraem o público. Sites em que os próprios consumidores ofertam produtos, como Mercado Livre, Bom Negócio e OLX, são líderes de vendas.

Mercado Livre: o pioneiro

O Mercado Livre (www.mercadolivre.com.br), por exemplo, é quase ancião quando o assunto é a rede mundial de computadores. Criado na Argentina, em agosto de 1999, pelo empresário Marcos Galperín, é a maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina. No Brasil, foi lançado apenas dois meses depois de sua fundação.

Somente no primeiro trimestre de 2013, mais de 38,2 milhões de produtos foram comercializados nos 13 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela e Portugal) em que atua.

Gauchada ligada no comércio online

O Bom Negócio, criado em 2011, só atua em território nacional, mas também conquistou uma legião de usuários, em especial, entre os gaúchos. Segundo a assessoria de imprensa do site, até início de outubro de 2013, a quantidade de visitantes diários do Rio Grande do Sul cresceu 40%.

No Brasil, a visualização de páginas do site aumentou 43%. Atualmente, os gaúchos representam 6% do público que procura diariamente uma oferta.

Além disso, a quantidade de anúncios publicados somente em Porto Alegre cresceu nove vezes desde a fundação do portal.

- Somos um site gratuito e de fácil utilização, o que contribui para a adesão de cada vez mais usuários que querem comprar ou vender algum bem ou serviço. Por dia, o volume de produtos vendidos com a ajuda do bomnegocio.com gira em torno de R$ 150 milhões. Até o final do ano, a expectativa é passar dos 8 milhões de anúncios - assegura João Gonçalves, gerente de Marketing do Bom Negócio.

Preço mais baixo e economia

O sucesso dos portais de comércio eletrônico não é à toa. Misto de shopping com brechó, os sites oferecem preços bastante atrativos.

- Já comprei uma lavadora e secadora, que em uma loja física custava R$ 2,1 mil por R$ 1,6 mil, e comprei uma geladeira de R$ 1,6 mil por R$ 599, só porque tinha alguns arranhões que um simples ímã esconde - afirma Caroline.

No entanto, é preciso tomar muito cuidado para evitar problemas com negócios online. É fundamental checar a reputação do vendedor ou comprador e combinar todos os passos da transação, desde as formas de pagamento até o frete.

Avaliar transações ajuda a comunidade

Em suas inúmeras compras, Caroline só teve dificuldade com uma. Nesse caso, é ainda mais importante usar as ferramentas de reputação do site para alertar outros consumidores.

- Era um anúncio que oferecia frete grátis para Porto Alegre. Fiz a compra e, quando entrei em contato para dar meu o endereço e combinar a entrega, a vendedora disse que tinha que buscar no endereço dela. Como o anúncio não informava isso, desfiz a compra e negativei a vendedora - explica Caroline.