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Greve dos rodoviários

Não vamos aceitar greve de patrão, diz diretor-presidente da EPTC

Funcionários das empresas de ônibus de Porto Alegre paralisam a partir de segunda-feira

26/01/2014 - 19h57min

Atualizada em: 26/01/2014 - 19h57min


O transporte público de Porto Alegre deve parar a partir desta segunda-feira. Ficou acordado que somente 30% da frota  circulará na Capital, o que representa 436 ônibus. Mais de 1 milhão de usuários devem ser afetados pela paralisação.

Funcionários querem reajuste salarial. Empresários dizem que sem aumento da tarifa não tem como negociar. Para a prefeitura, se esta for a questão, a greve é de patrão e não de empregado.

Luiz Mário Magalhães Sá, gerente-executivo da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) e do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), esclarece que foi feito tudo para evitar que se chegasse a este impasse. Na sexta-feira, representantes das empresas e dos rodoviários participaram de reunião no Ministério Público do Trabalho para propor o funcionamento de 100% da frota nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, o que foi recusado, ficando acertado, então, a operação de 30% das linhas.

- Estamos em um impasse, pois as empresas não têm como fazer mais do que a reposição da inflação sem ter sinalização do nosso órgão gestor (prefeitura) de que a tarifa será readequada. A informação que temos até agora é de que ela está congelada até que se resolva o impasse com o TCE (Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul), o que está longe de acontecer - disse Sá.

O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) Vanderlei Cappellari reiterou que não voltará atrás com relação ao reajuste da tarifa antes que o TCE se pronuncie sobre os cálculos do valor da passagem e que o aumento de salário é uma questão que deve ser resolvida entre patrão e empregado.

- A obrigação das empresas é finalizar o processo de dissídio coletivo, isto independe da decisão da prefeitura em relação às tarifas. Se for dito que não vão negociar com os empregados porque a prefeitura tomou esta decisão é porque é uma greve de patrão. Não vamos aceitar greve de patrão - afirmou Cappellari.

Tire suas dúvidas sobre a greve dos rodoviários prevista para segunda-feira

A EPTC afirma que em uma segunda-feira normal seriam necessários 1.453 coletivos. Os 436 escolhidos para funcionar fazem os trajetos com maior número de usuários e trafegam pelas principais vias da cidade. Elas devem tentar cumprir os primeiros horários da manhã, mas em função do caos que pode se estabelecer nas ruas não há como estimar uma tabela de horários.


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