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Alerta no veraneio

Segurança em primeiro lugar: confira dicas para evitar acidentes com ralos de piscina

Em 2014, três crianças morreram afogadas ao ficarem presas a ralos de piscinas. Sem equipamentos adequados, prefeitura adotou medida de prevenção

17/01/2014 - 10h01min

Atualizada em: 17/01/2014 - 10h01min


É importante supervisionar os pequenos para evitar acidentes

Está aberta a temporada de mergulhos e brincadeiras nas piscinas. Mas a diversão na água acende um alerta: no país, nestes primeiros dias de 2014, pelo menos três crianças morreram afogadas ao ficarem presas por cabelos ou membros nas bombas de sucção de água.

Os acidentes poderiam ser evitados por meio da instalação de uma tampa nos ralos que impeça esse a forte pressão. No entanto, o Brasil não tem uma lei que exija a instalação deste dispositivo que custa, em média, R$ 50.

Em Porto Alegre, alertado pelos acidentes recentes, o secretário municipal de Esportes,
Recreação e Lazer, José Edgar Meurer, tomou uma medida preventiva: nos horários de banho, os motores de sucção das sete piscinas comunitárias devem permanecer desligados.

- Às vezes, a gente não tem noção do que pode acontecer. Eu prefiro responder pela
água turva do que por um acidente - justifica-se.

● Locais serão vistoriados

Ele reconhece que, das sete piscinas comunitárias da Capital, algumas têm ralos de fundo e outras, ralos laterais. E admite que não contam com as tampas de proteção. Por isso, a opção por desligar os motores.

- Estamos fazendo uma vistoria para avaliar a situação de cada piscina - explica.

Conforme o secretário, essa alternativa é emergencial. Para o futuro, o objetivo é
reformar as piscinas comunitárias, adequando também a proteção dos ralos.

● Reforma, só a longo prazo

Em março, deve começar a ser feito o projeto das reformas. O plano é obter recursos junto ao Ministério dos Esportes. Se a verba for aprovada, José Edgar estima que, no ano que vem, já será possível adaptar algumas piscinas.

O afogamento é a segunda causa de morte em crianças de um a nove anos de idade e a terceira entre dez e 19 anos. E os afogamentos em piscinas representam 53% de todos os casos entre crianças de um a nove anos.

Orientações seguidas à risca

Na hora da diversão, a pedagoga Viviane Silva Gomes, 35 anos, não abre mão da responsabilidade. É por isso que a segurança na piscina é tema de conversas constantes dela com as filhas e amigas.

Na quinta-feira à tarde, ela não desgrudava o olhar da turminha de cinco meninas. Elas frequentam quase todos os dias a piscina comunitária do Cecoflor, no Jardim Floresta.

- Elas já sabem as combinações - garante.

E as meninas comprovam que realmente estão atentas. A filha Victoria, sete anos, dispara:

- Não é para deixar o cabelo solto.

Já a outra filha, Maria Eduarda, 12 anos, reforça:

- Não é para ficar na frente de onde sai água (os ralos)

Dicas de segurança

Cuidados e manutenção:

● A água armazenada na piscina precisa ser limpa e filtrada. Para isso, sai por um ralo, passa pelo filtro e volta para a piscina pela tubulação de retorno. São estes os dois ralos que encontramos na piscina: um de saída e um de entrada da água.

● A norma NBR 10.339 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) prevê como os ralos e outros itens devem ser instalados, para evitar acidentes.

● Moradores de casas com piscinas e síndicos de condomínios devem solicitar manutenções periódicas para verificar a segurança.

● Existem sistemas de sucção que não precisam ser desligados quando há banhistas na piscina. Se você tiver receio, deve desligar a bomba ou pedir que ela seja desligada.

● Nunca se aproxime dos ralos instalados nas piscinas, nem tente obstruir a passagem de água por eles.

● Evite entrar em piscinas cujos drenos estejam sem tampa ou sem grade de acabamento.

Atenção especial à gurizada!

● Crianças menores de nove anos não devem entrar na piscina desacompanhadas.

● Pais ou responsáveis devem ter 100% de supervisão com crianças e mantê-las à distância de um braço.

● Nunca deixe seu filho sozinho, ainda que saiba nadar.

● O uso de coletes salva-vidas é recomendado para a segurança das crianças menores de cinco anos.

● Cerque as piscinas, restringindo o acesso de crianças.

Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes Construtores de Piscinas e Produtos Afins


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