Trágedia no trânsito
Polícia inicia hoje inquérito do acidente que matou dois irmãos na RS-240, em Portão
Investigação não contará com exame que comprove ausência de álcool no sangue do pai das crianças
A segunda-feira tem sido difícil para a família e amigos dos irmãos Giovana e Luciano Brisch, mortos no domingo vítimas de um acidente na RS-240, em Portão, no Vale do Sinos. As crianças são veladas na Capela 1 do cemitério Jardim da Memória, em Novo Hamburgo, onde também serão enterradas no início da tarde de hoje.
O pai dos irmãos, Carlos Alexandre Brisch, segue internado no Hospital de Pronto Socorro de Canoas em estado regular e ainda não sabe da morte dos filhos, segundo um amigo do caminhoneiro.
A investigação do caso ficará com a Polícia Civil de Portão, que ainda não recebeu a ocorrência, registrada no plantão da DP de São Leopoldo. O depoimento do casal, que estava na Zafira, ainda não tem data prevista para ocorrer. Já o de Brisch, só será tomado assim que ele tiver alta do hospital.
Outra dificuldade que a polícia pode enfrentar na investigação é a comprovação da ausência ou presença de álcool no organismo de Brisch. Conforme o delegado Clóvis Nei da Silva, que chefiará o inquérito, há possibilidade de não ter sido coletado sangue no momento do socorro.
- Em procedimentos de urgência, medicamentos são injetados no paciente, o que altera o resultado dos exames - explica Silva.
A perícia dos veículos, que deve sair entre 30 e 60 dias, será fundamental para esclarecer se as crianças estavam com cinto de segurança e com assentos apropriados. A polícia também aguarda o resultado da necrópsia dos irmãos para incluir no inquérito.