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Paixão de Cristo na Capital

Morro da Cruz será palco pela 55ª vez de encenação da Via Sacra

Tradicional na cidade por reunir fiéis de todas as partes, evento será especial para uma dona de casa que mora no local

18/04/2014 - 08h31min

Atualizada em: 18/04/2014 - 08h31min


Preparativos para a 55ª edição da Via Sacra do Morro da Cruz

Os olhos da dona de casa Rosângela Arruda, 54 anos, brilham quando ela relata ter a própria vida conectada à história da Via Sacra encenada no Morro da Cruz, onde ela nasceu e mora até hoje. Rosa, como é conhecida, veio ao mundo dois meses antes da primeira encenação criada pelo padre Angelo Costa, então pároco da igreja São José do Murialdo.

- Foi ele (padre Angelo) quem casou meus pais, me batizou e celebrou meu casamento. Desde bebê de colo, acompanho a Via Sacra com a família. Mas só há seis anos, deixei de ser espectadora e passei a integrar o evento - conta, orgulhosa.

Cruz guardada em casa

Nos dias que antecedem a Paixão de Cristo, Rosângela se torna a passadeira oficial do figurino dos cerca de 120 participantes. Parte dos trajes dos soldados romanos acaba pendurado na vassoura improvisada como cabide dentro da casa da família. É lá também que está a cruz que será carregada, nesta sexta-feira, pela 34ª vez pelo deputado estadual Aldacir Oliboni (PT).

- Meus dois filhos e meu marido também participam do espetáculo. Para nós, a Via Sacra significa um momento de contemplação - explica Rosângela, enquanto faz os últimos ajustes na vestimenta do filho Douglas, 19 anos, que participará como soldado romano.

Hoje, Rosângela deixará de ser passadeira oficial do evento e se tornará uma das mulheres do povo, durante a encenação. Apesar de já ter experiência suficiente, conta que a emoção será como na primeira vez em que subiu o Morro da Cruz entre os outros integrantes do elenco.

Confira o espetáculo
14h30min - Mensagem da Paixão - interior da Igreja São José do Murialdo
15h30min - Bênção da macela e início da encenação em frente à igreja
16h30min - Procissão: subida da encenação pela Rua Santo Alfredo
18h - Crucificação/Ressurreição - final no alto do Morro da Cruz

Endereço
Santuário São José do Murialdo, Rua Vidal de Negreiros, 550, esquina com a Rua 1º de Março, no Morro da Cruz, Bairro Partenon

Linhas de ônibus
- Santa Maria - Linha 344 - ponto final na Avenida Salgado Filho, no Centro de Porto Alegre
- Outras linhas de ônibus e lotação via Avenida Bento Gonçalves é preciso descer na estação Cristiano Fischer.
- Mais opções de transporte para a região: T-9 - ponto final na Rua Albion, em frente a Carris.
T-2, T-4 e T-11 passam pela confluência da Avenida Bento Gonçalves/Aparício Borges/Salvador França.

Saiba mais:

Trajeto
A procissão parte da Rua Vidal de Negreiros esquina com 1º de Março, segue pela 1º de Março até a Rua Santo Alfredo, ali vira à direita seguindo pela Rua Santo Alfredo até o topo do morro.

Trânsito
No dia do evento, a Rua Vidal de Negreiros ficará bloqueada da Rua Saldanha da Gama para cima (1ª quadra a partir da Avenida Bento Gonçalves) e a linha 344 - Santa Maria - a partir de 7h circulará no sentido Centro-Bairro pela Rua Martins de Lima e no sentido Bairro-Centro pelas ruas Clemente Pereira e Martins de Lima. A Rua Santo Alfredo fica bloqueada a partir da Rua 1º de Março para cima.

Palcos e etapas
São montados dois palcos principais. O primeiro em frente à Igreja (Rua Vidal de Negreiros esquina com Rua 1º de Março), que conta desde a chegada a Jesus à Jerusalém no domingo anterior à Páscoa (Domingo de Ramos) até o julgamento, condenação e início da subida. O outro no alto do Morro, que representa o local da crucificação e ressurreição. Há, também, as três estações representadas durante o caminho que são Maria, Verônica e mulheres de Jerusalém. Ainda durante a subida são representados outros quatro momentos da Via Sacra: as três quedas e quando Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz.

Participantes
Serão 25 moradores da comunidade atuando como legionários romanos, 15 como mulheres e/ou homens do povo de Jerusalém, 15 crianças, dez atores leigos que fazem papéis de mais importância (bom ladrão e mau ladrão, Barrabás etc). Também atua um grupo que tem em torno de 30 artistas profissionais (atores, circenses, bailarinos e músicos). Na produção trabalham 20 pessoas: cenotécnicos, artistas plásticos, produtores, figurinistas, aderecistas, sonoplastas, eletricistas, profissionais de logística, divulgação e atendimento à imprensa.

Público
São esperados até 35 mil espectadores, dependendo das condições do clima.


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