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Invasão em Porto Alegre

Justiça volta a determinar desocupação de terreno invadido no bairro Cavalhada

Desembargador do TJ-RS revogou efeito suspensivo à liminar de reintegração de posse. Vara Cível do Foro Regional da Tristeza deu 72 horas para que a Brigada Militar cumpra a ordem

24/07/2014 - 21h29min

Atualizada em: 24/07/2014 - 21h29min


Carlos Ismael Moreira
Carlos Ismael Moreira
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Diego Vara / Agencia RBS
Mais de mil pessoas ocupam o terreno da antiga Avipal, no Bairro Cavalhada

O desembargador Luiz Renato Alves da Silva, da 17ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), revogou na quarta-feira o efeito suspensivo que havia concedido no último dia 18 à liminar de reintegração de posse do terreno da antiga Avipal, invadido no início do mês, na Zona Sul de Porto Alegre. Com isso, volta a valer a decisão em favor da construtora Melnick Even, dona da área. A liminar foi expedida no dia 11, pelo juiz Mário Roberto Fernandes Corrêa, da Vara Cível do Foro Regional Tristeza.

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Situado na esquina das avenidas Cavalhada e João Salomoni, no bairro Cavalhada, o terreno foi invadido por cerca de 400 pessoas, que começaram a dividi-lo em lotes do tamanho necessário para a construção de uma casa. Outras famílias se juntaram à ocupação da área de 10 hectares, que agora já está tomada por mais de mil pessoas.

"Saliento que somente conferi efeito suspensivo ao presente agravo de instrumento a fim de possibilitar que fosse ouvida a parte contrária, sem alteração, em princípio, da situação fática existente no local. Agora (...) penso que não há razão alguma para modificar a decisão que concedeu a liminar de reintegração de posse", escreveu o magistrado na decisão.

Com base na medida, o juiz Alex Gonzalez Custodio, da Vara Cível do Foro Regional da Tristeza, estabeleceu na quarta-feira prazo de 72 horas para que a Brigada Militar (BM) cumpra a ordem de reintegração.

- Nossa expectativa  é de que a BM cumpra a ordem judicial. Não esperamos nada diferente disso - comentou o diretor de incorporações da Melnick Even, Marcos Colvero.

As famílias acampadas na área, no entanto, não pretendem abandonar o local.

- Vamos tentar  recorrer novamente. É claro que a lei tem de ser cumprida, mas se for o caso de a Brigada vir aqui, vamos tentar conversar para que tudo ocorra sem violência - afirmou um dos líderes da invasão, Lenemar Bastos dos Santos.


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