Semana Farroupilha



Quase cinco meses

Acampamento Farroupilha termina com mais de 1 milhão de visitantes

Pelas ruas de brita da cidade gaudéria montada ao lado do Guaíba passaram visitantes de 18 Estados brasileiros e 20 nacionalidades diferentes

21/09/2014 - 22h09min

Atualizada em: 21/09/2014 - 22h09min


Luiz Armando Vaz / Agencia RBS
Os primeiros piquetes começaram a ser montados em 23 de maio para a Copa do Mundo, e alguns permaneceram até o encerramento

A mais longa das 27 edições do Acampamento Farroupilha, que teve início em maio, atravessou a Copa do Mundo e abriu suas porteiras durante os finais de semana até 7 de setembro - quando houve a inauguração oficial -, terminou neste domingo com um dia de temperatura agradável, grande movimento no Parque Harmonia e um público total de aproximadamente 1 milhão e 300 mil pessoas - 1,1 milhão entre 7 e 20 de setembro, 400 mil a mais do que no ano passado.

Pelas ruas de brita da cidade gaudéria montada ao lado do Guaíba passaram visitantes de 18 Estados brasileiros e 20 nacionalidades diferentes. Segundo o coordenador do Acampamento 2014, Giovani Tubino, o sucesso é traduzido em uma palavra: segurança.

- Isso foi bastante trabalhado. Nós alardemos que o parque estaria muito protegido pela Brigada Militar e pelo Corpo de Bombeiros, e quem veio ficou à vontade. Não houve brigas com armas ou mortes, somente pequenos furtos e arrombamentos. Além disso, os galpões foram abertos e atraíram bem mais gente, inclusive crianças - explica.

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Os primeiros piquetes começaram a ser montados em 23 de maio para a Copa do Mundo, e alguns permaneceram até o encerramento. Foi o caso do Laços de Sangue, que exibia um mini-museu da história tradicionalista e foi ponto de encontro de argentinos em dias de jogos do Mundial.

Crédito: Luiz Armando Vaz / Agência RBS

- Montei minha casinha aqui. Trabalhava de dia e voltava para dormir à noite. Foi um acampamento bem anormal mesmo, muito tempo. Apesar do cansaço, a recompensa veio com um interessante número de novas amizades. A única coisa que me deixou triste foi a falta de um chuveiro próprio e o fato de não ser permitida a carga e descarga nos finais de semana - relatou Odorico Peres de Oliveira, 46 anos, responsável pelo piquete.

Próximo dele, o casal Gilberto Espíndola, 62 anos, e Maria da Graça Espíndola, 59 anos, do Lendas do Sul, fitavam o último dia do vai e vem no parque e, entre um café e bolinho de chuva, recordavam momentos únicos vividos com estrangeiros ávidos em conhecer e cultura gaúcha.

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- A nossa geração não terá outra oportunidade que nem essa. Que experiência gratificante adquirir e transmitir conhecimento. Falei com gente de várias partes do mundo. Seria legal a criação de um parque temático para alimentar isso o ano inteiro e não deixar nossos viajantes seguirem sempre para a Serra sem ficar aqui um pouco - sugere Gilberto.

- Contamos nossas histórias para espanhois, franceses, alemães, húngaros, australianos e, claro, brasileiros. Os mais empolgados eram os coreanos, que chegaram sem intérpretes e se comunicavam só por sinais - lembra Maria.


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