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BR-287

Dnit diz que queda de ponte não causará mudança nas vistorias

Ponte que caiu foi analisada pela última vez entre setembro e outubro

30/10/2014 - 21h27min

Atualizada em: 30/10/2014 - 21h27min


Jean Pimentel / Agencia RBS

A ponte que ligava São Pedro do Sul a Mata, pela BR-287, a principal ligação entre Santa Maria e a Fronteira Oeste, teria sido vistoriada pela última vez entre setembro e outubro, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). A estrutura de cerca de 80 metros de extensão foi abaixo na várzea do Rio Toropi por volta das 14h30min desta quinta-feira.

O supervisor da unidade local do Dnit em Santa Maria, João Carlos Tonetto, não soube precisar qual foi a última vez que a ponte passou por uma vistoria mas, segundo ele, isso é feito periodicamente - o supervisor não informou prazos.

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Apesar de não falar datas, de acordo com ele, sempre que um novo contrato com as empresas que fazem a supervisão desse tipo de estrutura é assinado, é feita uma vistoria em toda a estrada. O último contrato foi assinado em setembro.

_ Esse contrato ter sido assinado significa que, a partir dele, uma vistoria foi feita. Porém, esse tipo de vistoria que é realizado encontra fissuras, falhas nas estruturas, defeitos nas guardas. Ela não seria capaz de encontrar um defeito como o que ocorreu, nas fundações. Provavelmente, o que tivemos ali foi uma ruptura da fundação, causando um afundamento das estacas e quebrando os pilares_ argumenta o supervisor.

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Para o engenheiro Paulo Jorge Sarkis, especialista em pontes, a única forma de vistoriar esse tipo de estrutura com mais segurança seria contar com equipes de mergulhadores.

_ Porém, isso é feito apenas em grandes estruturas, como a Ponte Rio-Niterói, porque é um serviço muito caro_ afirma Sarkis.

O Dnit não planeja mudar seu método de verificação das pontes. Mas, de acordo com Tonetto, as outras pontes da região que têm o mesmo tipo de construção, chamada estaca-raiz, sujeita a interferências da cedência do solo e do volume das águas, já tiveram reforço em suas estacas e, por isso, não há risco de o mesmo voltar a ocorrer nelas.

Veja imagens de como ficou o local:



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