Notícias



Violência

"Isso não pode ser rotina na nossa cidade", diz subcomandante da BM sobre queima de ônibus

BM vai apurar as circunstâncias da morte de jovem durante protesto na Vila Cruzeiro

23/12/2014 - 16h55min

Atualizada em: 23/12/2014 - 16h55min


Adriana Irion
Adriana Irion
Enviar E-mail
Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Moradores bloquearam a Rua Orfanotrófio com barricadas

Ao comentar os episódios de violência registrados na Vila Cruzeiro do Sul na noite de segunda-feira, o coronel Alfeu Freitas, subcomandante-geral da Brigada Militar, disse que ações como a queima de ônibus não serão aceitas na Capital.

Freitas também analisou imagens de policiais militares carregando o jovem de 18 anos que foi baleado em suposto confronto e morreu, e avaliou como "incorreta" a forma como o ferido foi transportado.

- Aqui vamos trabalhar para termos a polícia bem associada com a comunidade para evitar que cenas que vemos em outras cidades ocorram aqui. A coisa não pode sair do controle. Isso não pode ser rotina na nossa cidade - ressaltou Freitas.

Polícia prende cinco pessoas em operação na Vila Cruzeiro
BM garante segurança de nove linhas após incêndio de ônibus

Depois de analisar trecho de um vídeo que mostra PMs socorrendo Bruno Queiroz Galvão Campos, que foi baleado e morreu, o coronel disse:

- Não é a forma correta de socorrer alguém baleado. Não necessariamente precisa esperar a Samu. Uma pessoa baleada pode ser socorrida. Mas aquela forma de carregar é incorreta. E nos cursos da BM tem noções de primeiros socorros. Pegar pelas pernas, só o estiramento do corpo já pode causar prejuízo ao ferimento. O transporte do ferido até a viatura entendo que não foi de forma adequada.

Ainda em relação ao confronto que causou a morte de Bruno, que não tem antecedentes criminais, o subcomandante ressaltou que as circunstâncias serão apuradas em um Inquérito-policial Militar (IPM):

- No vídeo as pessoas falam "cadê a arma". Tem todo um contexto. O pessoal (da BM) diz que recolheu o revólver. Tudo vai ser apurado.

Para que a queima de veículos não se torne rotina como em outras regiões, como em Santa Catarina, Rio e São Paulo, o coronel Freitas disse que a BM vai agir com firmeza, "mas dentro de técnicas de abordagem policial e de conversação com a comunidade."


MAIS SOBRE

Últimas Notícias