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Versão do motorista

"A vaca apareceu de repente", diz agente funerário sobre a batida na estrada de Barra do Ouro

Prejuízo da batida, que teria ocorrido a uma velocidade de no máximo 50 km/h, teria sido de R$ 20 mil

28/01/2015 - 08h32min

Atualizada em: 28/01/2015 - 08h32min


Fabiano Freitas / Arquivo pessoal
Veículo transportava os dois corpos quando colidiu com o animal

Após ter negado envolvimento no acidente, o agente funerário Luiz Carlos Silva Portela admitiu ser o condutor do carro funerário que colidiu com uma vaca enquanto levava os corpos das vítimas do acidente de rapel em Maquiné para Osório. Portela relata que teve um prejuízo de R$ 20 mil com a ocorrência.

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- A vaca apareceu de repente, em direção a nós, e não teve como escapar. Se não tivesse pegado em mim, pegaria no gol que estava vindo atrás, aí a coisa ia ser ainda mais feia - relata o motorista, que afirmou estar a uma velocidade de 40 a 50 km/h..

Ao falar com o dono da vaca na beira da estrada, Portela disse que perguntou porquê o animal não estava amarrado. Segundo ele, o dono teria alegado que a vaca estaria no cio e por isso estaria solta. O choque teria deixado o animal com duas patas quebradas.

- Fiz ocorrência policial para registrar o fato, pois terei que arcar com os prejuízos. Cheguei lá para conversar com o pessoal e os donos da vaca me receberam com uma faca na mão. Eu deixei assim - diz o agente funerário.

O proprietário da empresa informou que a Portela/São José realiza o trabalho de recolhimento de mortes agressivas de forma gratuita por meio de uma parceria com a Secretaria de Segurança do Estado. Segundo ele, nenhum valor teria sido pago por esse tipo de recolhimento.

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Veja fotos do local do acidente:


 O acidente

O acidente acontenceu quando o grupo se preparava para descer uma cascata de 130 metros de altura quando as abelhas atacaram, por volta das 15h deste sábado.  Na tentativa de fugir do enxame, um deles teria cortado a corda do equipamento e o outro fez uma descida brusca e não acionou os freios. Os demais conseguiram descer, mas também ficaram feridos.

Grupo de rapel havia sofrido incidente na mesma cascata em 2010

Dentre os cinco sobreviventes, Maicon Silva da Silva, 31 anos, e Luciano de Souza, caminharam por 15 horas no mato para pedir resgate. Os outros três sobreviventes, identificados como Flavio Rodrigo da Rosa Lopes, 37 anos, João Batista Moreira Dias, 42, e Roberto Schuster, médico de 73 anos que liderava o grupo, ficaram no local aguardando o resgate, que chegou por volta do meio-dia de domingo.

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Veja o local onde aconteceu o acidente:

Em áudio, socorrista conta como foi o resgate:

Confira imagens do resgate:


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