Corpo de Bombeiros
Sem horas extras, cinco quartéis da Região Metropolitana funcionarão em rodízio
Cachoeirinha, Alvorada e Gravataí irão intercalar o atendimento à população. O mesmo ocorrerá com Sapucaia do Sul e Esteio
A crise financeira do Estado bateu definitivamente à porta dos quartéis do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul. Com 70 mil horas extras cortadas (uma média de 40 horas por servidor), cinco quartéis da Região Metropolitana de Porto Alegre começarão a funcionar em rodízio a partir de segunda-feira.
De acordo com o comandante do Comando do Corpo dos Bombeiros (CCB), coronel Evilton Pereira Diaz, Cachoeirinha, Alvorada e Gravataí, irão intercalar o atendimento à população.
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Ou seja, na segunda, os quartéis de Cachoerinha e Alvorada estarão fechados. Apenas o de Gravataí abrirá com a função de atender as ocorrências dos três municípios.
- Essa foi a alternativa que encontramos para não fechar os três - reconhece o coronel.
Em Sapucaia do Sul e Esteio, vale o mesmo esquema: cada dia um quartel em funcionamento se responsabiliza pelas emergências dos dois municípios.
A situação torna ainda mais grave a defasagem de efetivo que, segundo o coronel Evilton, chega a 45% no Estado. O efetivo deveria ser de 4.450 servidores e atualmente não passa de 2.685.
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"As horas extras que possibilitam que façamos nosso serviço"
No quartel de São Leopoldo, por exemplo, há quatro caminhões, motoristas à disposição, porém, nenhum dos veículos tem operador. Ou seja: em caso de incêndio, não haverá soldado para apagá-lo.
- São essas horas extras que possibilitam que façamos nosso serviço. Tem toda a questão da prevenção, que fica comprometida, agora a prioridade é o combate a incêndio. Esse problema é só o começo se essas horas não vierem. Se até o dia 25 não vier nada, terei problemas em todo Estado, sem exceção - afirma o coronel.
"Preocupação é muito grande"
Para o prefeito de Alvorada, Sérgio Bertoldi, o cenário para os próximos dias é preocupante.
- É uma preocupação muito grande, porque nós trabalhamos para aumentar o efetivo. Com isso, aglomera muito o serviço e a gente sabe que quanto mais rápido atender uma ocorrência menor a chance de um prejuízo maior. É a primeira vez na história do município, que tem 220 mil habitantes, que isso acontece - finaliza.