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Jaguarão

Resultados de perícia sobre morte de jovem atropelada ainda são desconhecidos

Delegado plantonista afirma ter encaminhado caso ao titular, que informou estar dispensado até quarta-feira

16/02/2015 - 19h20min

Atualizada em: 16/02/2015 - 19h20min


Camila Faraco / Agência RBS

A Polícia Civil deve dar andamento à investigação da morte de Giedry Silva Cuenca, 16 anos, atropelada por um trio elétrico no Carnaval de Jaguarão, no sul do Estado, somente a partir de quarta-feira.

O delegado Roberto Sagahoff, de Rio Grande, que fez o encaminhamento inicial, disse que atendeu o caso apenas em regime de plantão e quem deverá assumir a investigação é o delegado Jaimes dos Santos Gonçalves, de Arroio Grande, que também responde por Jaguarão. Procurado pela reportagem, Gonçalves disse que está dispensado até quarta-feira. Assim, a investigação está parada.

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Sem um responsável pelo caso no momento, os resultados da perícia no caminhão e do exame toxicológico no corpo da jovem, solicitados pelo delegado Sagahoff, são desconhecidos, e ninguém foi chamado a depor. O motorista do caminhão foi submetido ao teste de bafômetro logo após o acidente. O resultado foi negativo.

A adolescente foi atropelada pelo trio elétrico Marajás do Trago por volta das 3h da madrugada de domingo. Testemunhas relataram que ela estava ao lado do caminhão, já na dispersão, quando caiu e acabou sendo atropelada. Giedry chegou a ser encaminhada ao Pronto Socorro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

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Em reunião realizada ainda na tarde de domingo, representantes da prefeitura de Jaguarão, da Liga dos Trios Elétricos e da Brigada Militar decidiram pela continuidade do Carnaval no município e discutiram medidas para reforçar a segurança dos foliões. Conforme o secretário da Liga, Guilherme Silveira, a ideia inicial era que fosse instalada uma proteção metálica ao redor dos carros, mas isso não foi possível porque os trios não encontraram mão de obra disponível durante o feriado.

- Seria necessário um soldador para fazer a instalação dessa proteção. Como nós não encontramos, a solução foi fazer um cordão humano ao redor dos trios - explica Silveira.

Cada um dos nove trios se responsabilizou pela contratação de seguranças para formar o cordão de isolamento. Foram em torno de sete seguranças de cada lado, acompanhando o trio até a dispersão. A estratégia foi usada já na noite de domingo e será repetida até o último desfile, na terça-feira de Carnaval. No domingo, os trios silenciaram durante um minuto, em homenagem a Giedry.


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