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Acidente aéreo

"Copiloto parece ter derrubado o avião deliberadamente", diz promotor francês

Airbus A320 da Germanwings caiu na terça-feira na região dos Alpes franceses, deixando 150 mortos

26/03/2015 - 08h59min

Atualizada em: 26/03/2015 - 08h59min


BORIS HORVAT / AFP
Promotor Brice Robin atribuiu ao copiloto a queda do Airbus A320 nos Alpes franceses

O promotor do Ministério Público de Marselha, Brice Robin, disse, nesta quinta-feira, que a queda do Airbus A320 da Germanwings foi provocada de forma deliberada pelo copiloto da aeronave. Andreas Lubitz, 28 anos, teria negado o acesso do piloto à cabine voluntariamente. Todos os 150 ocupantes do avião (144 passageiros e seis tripulantes) morreram.

O Airbus 320 caiu por volta de 6h30min (10h30min no horário de Brasília) de terça-feira sobre a região dos Alpes franceses. A aeronave havia decolado de Barcelona, na Espanha, e se dirigia a Düsseldorf, na Alemanha. O piloto e o copiloto eram alemães. Os passageiros eram de 18 países - sendo que 35 eram espanhóis e 72, alemães.

Saiba quem era o copiloto do voo da Germanwings
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Segundo afirmação do promotor em entrevista, os registros de áudio da caixa-preta mostram que um dos tripulantes deixou a cabine e que o copiloto estava "vivo e respirando". Ele disse que o copiloto não falou nenhuma palavra e que "parece ter derrubado o avião deliberadamente". A aeronave não emitiu qualquer sinal de alerta antes de começar a descida em direção às montanhas, confirmaram autoridades.

Os áudios mostram que os passageiros começaram a gritar apenas pouco antes do impacto final do avião. As investigações sobre as causas do acidente aéreo prosseguem. Robin afirmou que, até o momento, não se pode falar em suicídio.





De acordo com o investigador, a análise de dados da caixa-preta irá ajudar os investigadores a entender melhor o que aconteceu. Por enquanto, não há indícios de envolvimento de outras pessoas.

Um perfil no Facebook trata o copiloto como "herói" da organização terrorista islamita Estado Islâmico. O promotor responsável pelo caso, no entanto, afirma que Andreas não tinha ligação com o terrorismo. De acordo com a Lufthansa, dona da Germanwings, o copiloto foi contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo de experiência.

Na quarta-feira, uma fonte próxima das investigações disse ao jornal New York Times que a gravação da caixa-preta indicava que um dos pilotos teria ficado trancado para fora da cabine e não teria conseguido voltar. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira pelos investigadores.

Confira os procedimentos de segurança da cabine do Airbus:



Veja imagens do acidente que matou 150 pessoas na França:




Veja a rota que fazia o avião e onde aconteceu o acidente:

* Zero Hora, com agências


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