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Homens tendem a ser mais narcisistas que mulheres, diz estudo

A pesquisa se concentrou em três traços dos narcisistas: a vontade de poder, o exibicionismo e a ideia de que merecem tudo

07/03/2015 - 08h01min

Atualizada em: 07/03/2015 - 08h01min


Ado Henrichs / Ver Descrição

Os homens têm tendência a ser mais narcisistas do que as mulheres, conclui uma análise de dados provenientes de 355 estudos e de outros trabalhos publicados há 30 anos, dos quais participaram cerca de 470 mil pessoas.

A pesquisa se concentrou em três traços dos narcisistas: a vontade de poder, o exibicionismo e a ideia de que merecem tudo.

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- O narcisismo está relacionado a diferentes disfunções mentais do indivíduo, entre elas, a incapacidade de manter relações duradouras com os outros, a agressividade e os comportamentos não éticos - explicou Emily Grijalva, professora adjunta de Recursos Humanos da Universidade de Buffalo, em Nova York, principal autora do estudo que será publicado na revista norte-americana Psychological Bulletin.

A pesquisadora ainda acrescenta que, "ao mesmo tempo, o narcisismo permite melhorar a auto-estima, contribuir para a estabilidade emocional e a tendência a se afirmar como líder".

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Os pesquisadores determinaram que a maior diferença entre os gêneros se baseia na ideia de que merecem tudo. Os homens têm tendência a reivindicar certos privilégios mais do que as mulheres.

A segunda grande diferença se refere à vontade de exercer autoridade, ou dominação.

- Em comparação às mulheres, os homens mostram mais segurança e desejo de poder - destaca a professora Grijalva.

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Ela ressalta que não foram constatadas diferenças nas tendências exibicionistas, "o que significa que tanto homens como mulheres demonstram vaidade, desejo de ser admirados e falta de empatia".

Segundo pesquisas anteriores, as diferenças de personalidades entre homens e mulheres pode ser resultado de estereótipos da sociedade que se desenvolveram ao longo do tempo.

Para os autores desse novo estudo, o fato de que sempre houve muito menos mulheres nos cargos de liderança poderia se dar pela diferença entre os estereótipos sobre a feminilidade e o papel de chefe.

- Os indivíduos têm tendência a observar e a aprender desde muito cedo os papéis de mulher e de homem - afirma a psicóloga.

As mulheres poderiam "ser duramente criticadas quando se mostrassem autoritárias, ou agressivas. Isto cria mais pressões nelas do que nos homens, o que as faz controlar mais seus comportamentos narcisistas", conclui a estudiosa.

*AFP


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