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Procurador vai pedir fim do sigilo na Operação Zelotes, conforme jornal

Reportagem no site do O Globo informa que Frederico Paiva se diz "incomodado" com o que chama de vazamento seletivo de informações

28/03/2015 - 23h57min

Atualizada em: 28/03/2015 - 23h57min


O procurador do Ministério Público Federal Frederico Paiva, um dos responsáveis pela Operação Zelotes, que apura fraudes em processos julgados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), vai pedir ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, que reconsidere a decisão que decretou o sigilo das investigações, conforme matéria publicada no site do jornal O Globo neste sábado. Bancos, empresas e conselheiros do Carf estão entre os investigados.

À reportagem, Paiva disse que está incomodado com o que chama de vazamento seletivo de informações sobre a operação e considera que a sociedade tem direito de acesso ao conteúdo completo das investigações. Ele lembrou que na Operação Lava-jato, o juiz Sérgio Moro adotou esse procedimento, que o procurador considera o mais adequado também no caso da Operação Zelotes.

- Alguns investigados já tiveram amplo acesso à investigação, é um direito deles. Vou pedir ao juiz que reconsidere a decisão que decreta o sigilo. Ela abre espaço para o vazamento seletivo. A transparência é sempre o melhor (critério), a sociedade tem o direito de saber o que está sendo feito com o seu dinheiro - afirmou, conforme o jornal.

O procurador destacou que não existe qualquer relação com a Operação Lava-Jato e, no caso da Zelotes, a Petrobras não é o foco, referindo-se ao noticiário que aponta a empresa como uma das investigadas.

- Vazamentos seletivos me preocupam. Neste caso, a Petrobras sequer é foco, é incidental. Não dá para associar as duas operações. Não tem nada a ver uma com a outra - salientou ao jornal.

Entre os investigados na operação, conforme O Globo e o jornal O Estado de S. Paulo, estão Petrobras, as montadoras Mitsubishi e Ford, as gaúchas Gerdau e Grupo RBS, a revendedora de automóveis Hyundai/CAOA e os bancos Santander, Bradesco e Safra.

Em nota, o Grupo RBS disse que "desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal".

 


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