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"Tentei pegar o celular e acionar a emergência, mas uma fumaça surgiu", diz sobrevivente de acidente na BR-287

Advogado estava em um dos veículos que pegou fogo, mas conseguiu escapar antes do incêndio

25/03/2015 - 15h51min

Atualizada em: 25/03/2015 - 15h51min


Alessandra Noal
Alessandra Noal
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Samu / Arquivo pessoal

Por volta das 21h da última terça-feira, o advogado José Nodário Acosta Kapper, 49 anos, deixou o Fórum de Santa Maria após uma audiência e pegou a estrada rumo a Jaguari, cidade onde mora. Entretanto, na metade do caminho, no km 303 da BR-287, em São Pedro do Sul, ele enfrentou um dos momentos mais tensos da sua vida: um acidente de trânsito que deixou o seu carro e outro veículo em chamas. Thiago Silva de Bairros, 31 anos, motorista do Celta, que estava no sentido Cacequi-Santa Maria, não conseguiu deixar o veículo e morreu no local.

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O advogado falou com o Diário por telefone na tarde desta quarta-feira. Ainda com dores na mão esquerda, ele relatou que, até o momento da colisão, a viagem estava tranquila. Ele estava com o rádio ligado, escutando um noticiário, quando observou que outro veículo vinha no sentido contrário. Segundo ele, quando os automóveis estavam a aproximadamente 30 metros de distância um do outro, o Celta invadiu a faixa contrária.

_ Eu tentei jogar o carro para a direita, mas não foi totalmente possível. Meu carro caiu no barranco _ lembra Kapper.

O advogado diz que viveu momentos de terror ao tentar sair do Cruze que conduzia, pois as portas travaram, e saída só foi possível pela janela do motorista.

_ O airbag foi acionado, e eu estava de cinto de segurança. Por isso, não tive tantos ferimentos. Quando saí do carro, até tentei voltar para pegar o celular e acionar o serviço de emergência, mas uma fumaça surgiu. Preferi me afastar e fui em direção ao asfalto _ relata.

Ao chegar na rodovia, Kapper diz que ainda não havia chamas em nenhum dos carros. Ele disse que se aproximou do Celta, mas o motorista não dava sinal de vida. Foi quando as chamas começaram:

_ Começou no capô. Dois rapazes até pegaram os extintores, mas o fogo se espalhou, e todos ficaram com medo de que o carro explodisse. Acredito que o meu carro incendiou devido às fagulhas que caíram no mato seco e se espalharam rapidamente no acostamento e no automóvel.

Kapper foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas assinou um Termo de Responsabilidade e foi liberado. Ele afirma que ficou no local até a conclusão do trabalho da perícia e, depois, retornou a Jaguari.


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