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Lista de Janot

Veja o que dizem os políticos investigados por desvios na Petrobras

06/03/2015 - 22h42min

Atualizada em: 06/03/2015 - 22h42min


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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta sexta-feira a investigação de 22 deputados e 12 senadores suspeitos de envolvimento na Lava-Jato. Os parlamentares, que são de cinco partidos, são suspeitos de desviarem verbas da Pebrobras.

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Confira as manifestações dos investigados após serem citados na lista:

PSDB
Antônio Augusto Junho Anastasia (senador por Minas Gerais)
Via assessoria de imprensa, afirmou que só vai se pronunciar após seu advogado ter acesso aos autos do inquérito no qual é citado.

PTB
Fernando Collor de Mello (senador por Alagoas)
Collor acompanhou a divulgação da "lista de Janot" em Alagoas, segundo informações de sua assessoria de imprensa. O senador não foi encontrado para comentar o assunto. Em nota divulgada no mês passado, Collor negou que tenha recebido propina e que as afirmações do doleiro Alberto Youssef sobre o caso "padecem de absoluta falta de veracidade e credibilidade". "Ainda mais quando recolhidas e vazadas de depoimentos tomados em circunstâncias que beiram a tortura de um notório contraventor da lei, agravados por suas condições físicas e psicológicas", dizia a nota.

PP
Afonso Hamm (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Afonso Hamm se mostrou surpreso com a citação do seu nome, e negou relação com os delatores do esquema de corrupção. "Nunca estive na Petrobras. Lembro só de uma reunião partidária em que eu conheci o Paulo (Roberto Costa, delator). Mas nunca tive contato com essas pessoas, por isso estou tranquilo. Só estou preocupado em vincular nosso nome nisso", disse à Rádio Gaúcha.

Aline Lemos Correa de Oliveira Andrade (ex-deputada por São Paulo)
"Conheço meu comportamento, sei qual foi minha atividade política nesses oito anos que eu exerci (mandato de deputada federal de 2007 a 2014) e estou muito tranquila e confiante de que não tenho nada a esconder nem dos meus eleitores nem da vida minha pública, que é transparente".

Arthur Cézar Pereira de Lira (deputado por Alagoas)
"Vamos esperar para ver o que vem de diligência. Não posso falar nada. Para mim é uma surpresa. Não tenho nada a ver com isso. Quero lembrar que é uma lista (elaborada a partir do depoimento) de réus confessos. Vamos ter que ver o que é isso", afirmou à Agência Estado.

Benedito de Lira (senador por Alagoas)
 "Estou surpreso com o meu nome na lista. Nunca tratei de nenhum assunto com nenhum desses caras da Petrobras. Nunca tive relações com eles nem fiz qualquer gestão junto a eles nem qualquer negociação política. Agora, vão ter que me mostrar do que fui acusado porque não estou sabendo de nada".

Carlos Magno (ex-deputado por Rondônia)
Disse desconhecer os envolvidos na Lava-Jato e estar "surpreso" com a decisão do ministro Teori Zavascki. Segundo ele, as doações recebidas pelo diretório estadual da legenda são legais e declaradas à Justiça.

Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)
Por meio de nota, o presidente nacional do PP informou que só irá se posicionar quando tomar conhecimento oficial dos autos do processo. Ele disse estar "tranquilo" e afirmou que confia no trabalho da Justiça.

Dilceu João Sperafico (deputado pelo Paraná)
Não se pronunciou.

Eduardo da Fonte (deputado por Pernambuco)
Não se pronunciou.

Gladison de Lima Cameli (senador pelo Acre)
Não se pronunciou.

Jerônimo Goergen (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Em entrevista à Rádio Gaúcha, disse que não recebeu "doação de nenhuma empresa investigada na Lava-Jato".

João Leão (ex-deputado pela Bahia e vice-governador)
Não se pronunciou sobre o caso.

João Alberto Pizzolatti Júnior (ex-deputado por Santa Catarina)
O advogado de Pizzolatti, Michel Saliba, disse que na segunda-feira deverá ter acesso aos autos do processo do cliente.

José Linhares da Ponte (Padre Zé Linhares, ex-deputado pelo Ceará)
Não se pronunciou sobre o caso.

José Otavio Germano (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Em nota, disse ter ficado "surpreendido" com a decisão do ministro Teori Zavascki. "Rechaço e lamento, de forma veemente, a inclusão de meu nome no rol de parlamentares relacionados a esta investigação, mas asseguro à sociedade brasileira e em especial aos cidadãos gaúchos que não tenho absolutamente nada a ver com quaisquer ilícitos relativos a Petrobras"

Lazaro Botelho Martins (deputado por Tocantins)
Não se pronunciou sobre o caso.

Luiz Argôlo (ex-deputado pela Bahia, deixou o PP em 2013, filiado ao Solidariedade)
Não se pronunciou sobre o caso.

Luiz Carlos Heinze (deputado pelo Rio Grande do Sul)
"Estou surpreso, mas estou tranquilo. Não tenho ligação nenhuma, não é gente da minha relação. Estou tranquilo, de sangue doce, sem problema nenhum. Os recursos que eu recebi (para campanha) do partido são públicos, estão na minha prestação de contas, foi aprovada, não tenho mais nada a dizer sobre esse assunto", informou, por meio de nota, o deputado.

Luiz Fernando Ramos Faria (deputado por Minas Gerais)
Em nota, disse contestar "veementemente" as "insinuações" de que ele teria participação no esquema investigado pela Lava-Jato. "Esclarece nunca ter recebido valores ilícitos de quem quer que seja e que sempre pautou sua longa e imaculada vida pública por princípios e limites éticos e somente irá se manifestar após conhecimento dos pretensos fatos alegados", disse na nota.

Mário Sílvio Mendes Negromonte (conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, ex-ministro e ex-deputado pela Bahia)
Não se pronunciou sobre o caso.

Missionário José Olímpio (deputado por São Paulo)
Não se pronunciou sobre o caso.

Nelson Meurer (deputado pelo Paraná)
Seu nome apareceu em uma planilha do doleiro Carlos Habib Chater como tendo recebido R$ 42 mil. Em uma agenda do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, havia referência ao repasse de R$ 4 milhões para "Nel", que a PF identificou como sendo o deputado. Meurer disse desconhecer Chater e afirmou não ter recebido dinheiro dele.

- Não sei quem é e não tenho conhecimento desse depósito de R$ 42 mil em meu nome. Nunca recebi nada dele. Nunca falei com ele, nem sabia que ele existia. A não ser que alguém recebeu esse dinheiro em meu nome, mas eu desconheço.

Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)
Cumpre sentença no presídio de Canhotinho (PE) por ter sido condenado no processo do Mensalão do PT. O advogado dele, Marcelo Leal, disse que ainda não conversou com o cliente sobre o assunto e, portanto, não tem como se manifestar.

Pedro Henry (ex-deputado pelo Mato Grosso)
Não se pronunciou sobre o caso.

Renato Mölling (deputado por Rio Grande do Sul)
Não se pronunciou sobre o caso.

Renato Egígio Balestra (deputado por Goiás)
Não se pronunciou sobre o caso.

Roberto Pereira de Britto (deputado pela Bahia)
Não se pronunciou sobre o caso.

Roberto Teixeira (ex-deputado por Pernambuco)
Não se pronunciou sobre o caso.

Sandes Jr. (deputado por Goiás)
Disse estar "supreso" e "estarrecido" com a confirmação de seu nome na lista. "Repudio qualquer ato de corrupção. (...) Não conheço nem mesmo tenho qualquer tipo de contato com o doleiro Alberto Youssef muito menos com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa", disse. Já era investigado no STF por corrupção passiva em suas relações com o empresário Carlinhos Cachoeira.

Simão Sessim (deputado pelo Rio de Janeiro)
Em nota, disse ter ficado "surpreso" com a decisão do ministro Teori Zavascki. "Constituirei um advogado para acompanhar o processo, com a consciência tranquila, de um homem público que, ao longo dos seus mais de 40 anos de vida pública, nunca teve seu nome envolvido com irregularidades de qualquer tipo", disse.

Vilson Covatti (ex-deputado pelo Rio Grande do Sul)
"Estou estupefato. Nunca tive contato com Alberto Youssef ou Paulo Roberto Costa. Nunca recebi nada das empreiteiras investigadas. Agora é ter calma para ver de onde saiu esse absurdo", afirmou.

Waldir Maranhão (deputado por Maranhão)
O advogado do deputado, Michel Saliba, disse não ter tido acesso aos autos do processo do STF, pois ainda não houve digitalização

PMDB
Aníbal Ferreira Gomes (deputado pelo Ceará)
Não se pronunciou.

Edison Lobão (senador pelo Maranhão e ex-ministro)
A defesa do senador e ex-ministro informou que não vai se manifestar sobre o assunto porque ainda não tem conhecimento do que há contra o parlamentar.

Eduardo Cunha (deputado pelo Rio de Janeiro e atual presidente da Câmara Federal)
Em nota oficial, Cunha afirmou que só falará "depois de conhecer as razões do pedido de inquérito".

Renan Calheiros (senador por Alagoas, atual presidente do Senado)
Divulgou nota na qual afirmou que todos estão sujeitos a questionamentos "justos" ou "injustos". Na nota, ele afirmou também que dará todas as explicações que o poder Judiciário desejar e garantiu nunca ter ultrapassado os limites da lei. "Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é o único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado", disse na nota. Antes da divulgação, Renan havia entrado com um pedido de vista aos processos da Lava-Jato no STF. Ele criticou a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e sustentou que, sendo alvo de investigação, deveria ter tido oportunidade de se manifestar a respeito das acusações antes dos envios de inquéritos. Afirmou que, se houvesse citação de seu nome, teria sido por "terceiros".

Romero Jucá (senador por Roraima)
A assessoria disse que "o senador só vai se pronunciar quando tiver acesso à petição".

Roseana Sarney (ex-senadora e ex-governadora pelo Maranhão)
A ex-governadora do Maranhão, por meio de sua assessoria de imprensa, disse estar perplexa com a presença de seu nome na lista. Roseana, que está nos Estados Unidos, se diz "indignada e completamente injustiçada". Ela afirma que o contato que teve com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi institucional e que nunca teve relação com ele ou qualquer outro citado nas investigações. Sua assessoria de imprensa informou ainda que o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro já é contratado pela ex-governadora e deve acompanhar o caso. Quando da divulgação da suspeita de ter recebido propina de Alberto Youssef durante sua gestão no governo do Maranhão, Roseana negou conhecer ou ter estado com o doleiro.

Valdir Raupp (senador por Rondônia)
Em dezembro do ano passado, informou por meio de nota que "estranha" a menção do nome dele por Paulo Roberto Costa na delação premiada, "posto que jamais recebeu qualquer espécie de vantagem, bem como  nunca tratou com envolvidos na referida operação". Segundo ele, todas doações a campanhas eleitorais "estão devidamente registradas e submetidas à Justiça Eleitoral". "É inadmissível e inaceitável  qualquer manobra para vincular o seu nome aos investigados na Operação Lava-Jato", diz o texto.

PT
Gleisi Hoffmann (senadora pelo Paraná e ex-ministra da Casa Civil)
Disse ter ficado "triste", mas "tranquila" com a decisão do ministro Teori Zavascki. "A investigação é oportunidade de esclarecimento dos fatos e espero que seja a forma de acabar com o julgamento antecipado. Não conheço e jamais mantive contato Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef", afirmou.

Humberto Costa (senador por Pernambuco e ex-ministro)
Divulgou nota na qual disse que soube da decisão do ministro Teori Zavascki com "surpresa" e "indignação". Afirmou ainda não ter conhecimento de quaisquer fatos que possam ser atribuídos a ele e ressaltou "a lisura de sua conduta e de sua vida pública". A nota diz também que há quatro meses deixou à disposição do Supremo, do Ministério Público e do Senado os sigilos bancário, fiscal e telefônico. "Aberto o inquérito pelo STF, e diante da injusta exposição a que ficará submetido, espero celeridade do processo e confio no seu consequente arquivamento", informou o senador.

José Mentor Guilherme de Melo Neto (deputado por São Paulo)
Não se pronunciou sobre o caso.

Lindbergh Farias (senador pelo Rio de Janeiro)
Reclamou por não ter recebido informações sobre sua situação e disse que vai provar que não tem nenhuma ligação com o escândalo da Petrobras. Ele disse que está tranquilo e que espera agora ter acesso ao processo.

- Quero lamentar que divulguem uma lista como essa sem a divulgação para nós mesmos dos fatos. Por que isso é ruim? Porque acaba juntando no mesmo balaio pessoas que receberam dinheiro, propina e pessoas que entram sem saber o motivo ou por doação legal de campanha. É muito perigoso porque tem quase um clima de condenação antecipada. Mas estou tranquilo, é o início de uma investigação. Não se pode confundir isso com culpa. Quero separar o joio do trigo. Quem estiver envolvido, tem que pagar. Mas não é o meu caso, e vou provar isso - afirmou.

Vander Loubet (deputado por Mato Grosso do Sul)
Disse ser inocente e garantiu não ter relação com os fatos investigados na Lava-Jato. O parlamentar afirmou também que não irá se pronunciar com mais detalhes por não ter tido acesso aos autos do processo do STF. Ele ressaltou estar à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.

Confira os perfis dos políticos que serão investigados:



* Zero Hora, com agências


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