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Acidente aéreo

VÍDEO: "A 'Ilha da Magia' ganhou outro significado pra mim", relata espanhola que escapou de tragédia na França

Claudia Vásquez estava em Florianópolis e deu entrevista exclusiva ao DC nessa quinta-feira. Ela viajaria no Airbus, mas desistiu na última hora

26/03/2015 - 16h46min

Atualizada em: 26/03/2015 - 16h46min




A espanhola Claudia Vásquez Alarcón, 39 anos, incluída na lista dos 150 passageiros mortos na tragédia com o Airbus da Germanwings, diz que o apelido "Ilha da Magia" ganhou um significado novo para ela após escapar do acidente. De férias na praia do Matadeiro, em Florianópolis, desistiu na última hora de viajar para a Alemanha.

Claudia - de origem chilena, mas nacionalidade espanhola - trabalha com marketing do ramo de alimentos e participa todos os anos de uma feira do setor na Alemanha, diversas vezes viajando pela companhia Germanwings. Muitas das vítimas se dirigiam ao mesmo evento.

:: Leia as últimas notícias sobre o acidente na França

Ela relata que estava em Florianópolis para descansar, mas que o excesso de voos num curto período de tempo a fez desistir da feira na última hora. Acabou esquecendo de desmarcar a viagem e não avisou a companhia aérea. 

Confira a entrevista:

DC - O que a fez não pegar o avião?

Claudia - Foi o cansaço. Eu estava em São Paulo a trabalho, voltaria para a Espanha e pegaria alguns dias de férias antes de ir para a Alemanha. Mas minha casa na praia do Matadeiro estava alugada e eu não tinha onde ficar. Não sei porque, decidi vir assim mesmo e alugar uma pousada na região para ficar até quinta-feira.

DC - Como ficou sabendo da queda?

Claudia - Na terça-feira, acertei o despertador para as 8h, mas às 6h30min [horário da queda] acordei abruptamente. Não tinha ideia do que estava acontecendo. Somente mais tarde uma amiga me enviou a notícia por e-mail, mas eu já havia esquecido da passagem, não relacionei as coisas no momento. Mais tarde percebi que se tratava do mesmo voo.

DC - Está acompanhando a repercussão? Foi contatada pela companhia aérea?

Claudia - Não. Estou buscando ficar distante. Estar no Brasil me ajuda, pois há comoção, mas não o mesmo impacto que na Europa. Fui passear na praia e fiquei refletindo sobre todas essas pessoas que morreram. Talvez mais tarde entre em contato com a companhia aérea - como normalmente eu faria se não comparecesse a um voo -, mas nesse caso, ganhei uma "segunda vida". O que mais eu posso querer?

DC - Voltará a Florianópolis em breve? Qual sua ligação com a cidade?

Claudia - Sim, sempre venho com a família para descansar na nossa casa. Para mim aqui e o paraíso. Estive pensando sobre o apelido Ilha da Magia que a cidade tem, e agora, esse significado e único para mim.

Veja imagens do acidente que matou 150 pessoas na França:



Rota que fazia o avião e onde aconteceu o acidente:


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