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Antônio Carlos Macedo: postos de combustíveis servem de caixa-eletrônico da bandidagem

Colunista do Diário Gaúcho fala de um estabelecimento digno de livros dos recordes por sofrer dois assaltos em menos de meia hora

02/04/2015 - 06h31min

Atualizada em: 02/04/2015 - 06h31min


Depois de alguns meses de calmaria, postos de combustíveis voltaram a funcionar como uma espécie de caixa-eletrônico da bandidagem em Porto Alegre. Os estabelecimentos que funcionam à noite estão recebendo as indesejadas visitas dos assaltantes novamente. O modo de operação dos criminosos é sempre o mesmo: chegam de surpresa, às vezes a pé, para roubar dinheiro dos frentistas e das lojas de conveniência, das quais levam também mercadorias, principalmente cigarros. Em geral, roubam pequenas quantias, mas nem por isso não deixam de colocar em risco a segurança dos trabalhadores, que geralmente ficam sob a ameaça de armas engatilhadas. Um movimento mal interpretado pelos bandidos pode ser suficiente para um disparo fatal e uma vida perdida.
 
Não há exagero em supor que a retomada desse tipo de delito tenha a ver com a escassez de policiamento. Afinal, nunca foi tão difícil encontrar polícia na rua em Porto Alegre. Vários postos foram atacados nos últimos dias, mas o recorde pertence a um estabelecimento localizado na Avenida Vicente Monteggia, na Cavalhada, que sofreu dois assaltos em menos de meia hora na madrugada desta quarta-feira. No primeiro, criminosos armados levaram dinheiro e cigarros da loja de conveniência. Eles fugiram a pé. Pouco tempo depois, outros bandidos, que chegaram em um táxi, roubaram dinheiro e celulares dos frentistas. Eles também estavam armados. Dois assaltos em menos de 30 minutos. Digno de disputar citação no Guinness Book, o livro mundial dos recordes.

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Bom exemplo

Pelo segundo ano consecutivo, as repartições da Prefeitura de Porto Alegre funcionam normalmente hoje. A Justiça gaúcha também mantém atividades regulares, seguindo sua regra de não transformar dias úteis próximos a feriados em ponto facultativo. São dois bons exemplos a demonstrar que, aos poucos, o setor público vai entrando em sintonia com o restante da sociedade, que há muito tempo transformou a chamada Quinta-feira Santa em dia normal de trabalho. Se as pessoas responsáveis pelos impostos que mantém a máquina pública trabalham, não há mesmo razão para que os servidores pagos por elas façam feriado.

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