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Paralisação

Caminhoneiros retomam manifestações em rodovias gaúchas

Na tarde deste sábado, motoristas paralisam outros caminhões na BR-285, em Ijuí, e na BR-158, em Panambi, convidando à paralisação

25/04/2015 - 15h10min

Atualizada em: 25/04/2015 - 15h10min


* Zero Hora com Agência Brasil

Motoristas retomaram as manifestações neste sábado e voltaram a impedir a passagem de outros caminhões em dois pontos de rodovias no Rio Grande do Sul. As interrupções aconteceram na BR-285, em Ijuí, e na BR-158, em Panambi.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram cerca de 20 caminhoneiros em cada local. Em Ijuí, no km 458 da BR-285, manifestantes começaram o bloqueio no início da manhã e permaneceram até o meio-dia. Às 14h, o protesto foi retomado, chegando ao fim logo após as 18h30.

No km 160 da BR-158, em Panambi, os motoristas chegaram por volta das 9h. A manifestação foi encerrada às 17h e, conforme a PRF, não há previsão de retomada. A passagem de veículos de passeio e de ônibus está liberada nas duas rodovias. De acordo com os caminhoneiros, porém, quem passava era convidado a aderir à paralisação.

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Manifestantes chegaram a interditar o trânsito de outros caminhões pela manhã no km 155 da BR-472, em Santa Rosa, liberando a rodovia por volta das 10h30min. Eles retomaram os bloqueios parciais no meio da tarde. Agentes da PRF acompanham as manifestações.

Neste sábado, também há interdições parciais em estradas do Mato Grosso. Em nota, o Ministério da Justiça informou que a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional de Segurança Pública e polícias estaduais estão de prontidão para garantir "o adequado fluxo de veículos nas rodovias."

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Líderes dos motoristas reuniram-se na quarta-feira com representantes do governo federal e empresários para reivindicar a aprovação de uma tabela de frete mínimo para o transporte de mercadorias. Os caminhoneiros alegaram que a medida traria mais proteção à categoria em casos de oscilação do mercado. A proposta não foi aceita pelo governo nem pelos empresários do setor.

Na avaliação do Palácio do Planalto, a definição de um valor mínimo para o frete é inconstitucional. Para tentar solucionar o impasse, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou na sexta-feira, no Diário Oficial da União, uma resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela, que servirá apenas como referência para os custos de fretes.

Essa é a segunda onda de protestos de caminhoneiros no país. Entre o fim de fevereiro e o início de março, caminhoneiros realizaram interrupções em todo o país e houve desabastecimento de alguns produtos em função das manifestações.


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