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Cuidados para não aumentar o número de casos de dengue na Capital

Foram 31 registros da doença confirmados nesta semana

25/04/2015 - 07h03min

Atualizada em: 25/04/2015 - 07h03min


Rosângela Monteiro
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Lauro Alves / Agencia RBS
Antônio e Maria cuidam de todos os cantinhos da casa

Os funcionários da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, da prefeitura da Capital, nem precisaram passar na residência dos aposentados Antônio Alves Carneiro, 84 anos, e Maria Noeli Freitas Carneiro, 87 anos, no Bairro São José, quando foram aplicar inseticida em ruas do local, nesta semana. É que o casal toma o maior cuidado para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

- Como trabalhei como enfermeira e já tive dengue quando fui ao Rio de Janeiro, sei como esta doença é perigosa. Não quero pegar de novo! - explica Maria.

Ela adora dar plantas de presente e, por isso, tem muitas em casa. Todas estão sem o pratinho embaixo, para evitar o acúmulo de água, situação favorável para que o mosquito se desenvolva.

Já Antônio está de olho na limpeza do pátio e da água do labrador Almofada, que está sempre sendo trocada.

Temperatura

Nesta semana, Porto Alegre teve a confirmação de 31 casos de dengue - quatro autóctones (adquiridos na cidade) e 27 importados. No Rio Grande do Sul, são 430 casos.

Caibaté, nas Missões, é a recordista no Estado, com 176. Embora os números sejam altos, a Região Sul do Brasil é a que tem menos notificações de dengue no país. O Sudeste é campeão.

Médico chefe da equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da prefeitura, Benjamin Roitman explica que a temperatura quente favorece a proliferação do mosquito.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, até a segunda quinzena do mês de maio, o risco de transmissão é alto. A quantidade de mosquito só vai diminuir no frio.

Cuidados para tomar sempre

- Tire a água de qualquer recipiente que possa acumular líquidos, como pratos de vasos de plantas, pneus e lixo, passando por garrafas e potes.

- Verifique o pátio uma vez por semana, tirando a água acumulada, para evitar a proliferação das larvas.

- Ralos devem ser mantidos com telas ou fechados e sempre limpos.

- A água das piscinas deve ser tratada.

- Piscinas infantis devem ser esvaziadas, secas e guardadas.

- Caixas d'água, cisternas, tonéis e outros depósitos de água devem estar sempre bem fechados, com a tampa adequada.

- Garrafas vazias devem ficar de cabeça para baixo.

Os principais sintomas da doença

- Febre alta

- Dor no corpo

- Dor de cabeça

- Dor nas articulações

- Mal-estar

- Manchas no corpo

Tudo muito rápido

O ciclo de transmissão da dengue funciona da seguinte forma: uma pessoa que foi infectada fora de Porto Alegre (caso importado) retorna para a Capital com o vírus no organismo.

Se ela for picada por uma fêmea do mosquito transmissor do vírus, saudável, em poucos dias, o inseto poderá começar a transmissão. Por isso, são tão necessárias as aplicações de inseticida.

Vacina está em estudo

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue está em fase de estudos. Enquanto ela não chega, o médico Benjamin alerta que o tratamento para a doença é simples e que 90% das pessoas infectadas vão se recuperar e ficar bem. O acompanhamento é importante especialmente porque, nos outros 10%, os casos podem evoluir para dengue hemorrágica, bem mais grave.

- E quando se faz o diagnóstico precoce, a prefeitura pode tomar medidas para evitar que a doença se espalhe.

Os municípios são os responsáveis por executar estas ações de combate, que o Estado monitora. Já o governo federal deve repassar verbas e traçar diretrizes para estas ações.

Ficou com dúvidas? Acesse o site: www.ondeestaoaedes.com.br


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