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Rio Grande do Sul tem o terceiro maior índice de acidentes de trabalho no país

Dado foi divulgado para lembrar da importância da prevenção. Nesta terça-feira, 28 de abril, é o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais

28/04/2015 - 15h55min

Atualizada em: 28/04/2015 - 15h55min


Susi Padilha / Agencia RBS

Hoje, 28 de abril, é o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais. Data importante para lembrar da gravidade deste problema social e, mais ainda, da importância da prevenção.

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Conforme o último Anuário Estatístico da Previdência Social, lançado em janeiro de 2015 e referente a 2013, foram registrados, naquele ano, 717.911 acidentes de trabalho no Brasil.

As ocorrências resultaram em 2.792 mortes. Ou seja, a cada dia, mais de sete trabalhadores brasileiros perdem a vida executando sua atividade profissional.

No Rio Grande do Sul, foram registrados, em 2013, 59.627 acidentes e doenças ocupacionais, com 140 óbitos. O número de ocorrências coloca o Estado em terceiro lugar no ranking nacional, atrás de São Paulo (248.928 casos) e Minas Gerais (77.252).
Os dados revelam uma média de 163 acidentes por dia e um trabalhador morto a cada 60 horas no Estado.

Além disso, 1.133 trabalhadores gaúchos passaram sofrer de incapacidade permanente em 2013, devido a acidentes ou doenças laborais.

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Embora as estatísticas permaneçam no mesmo patamar de anos anteriores, sem grandes variações percentuais no número de acidentes e mortes, tanto no Brasil, quanto no Estado, a situação é alarmante _ avalia o desembargador Raul Zoratto Sanvicente, coordenador do Programa Trabalho Seguro no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.

O programa é uma iniciativa nacional da Justiça do Trabalho e tem o objetivo de promover, por meio de ações e projetos, a cultura da prevenção de acidentes e doenças laborais no país.

De acordo com o magistrado, a realidade é ainda mais grave, pois a Previdência consegue registrar apenas os casos de trabalhadores com carteira assinada, que representam 50% da população economicamente ativa. Ainda assim, o INSS desembolsou cerca de R$ 10 bilhões em 2014 para pagar afastamentos e aposentadorias relacionadas a acidentes ou doenças do trabalho.

O que acontece no mercado informal, ou até mesmo com autônomos, não é contabilizado.

- Nas relações precarizadas de trabalho, o índice de acidentes deve ser ainda maior - alerta o desembargador.

Confira as estatísticas de acidentes de trabalho no Brasil e no Estado

Brasil

Acidentes de trabalho
/// 2011: 720.629
/// 2012: 713.984
/// 2013: 717.911

Mortes em acidentes
/// 2011: 2.938
/// 2012: 2.768
/// 2013: 2.792

Incapacidade permanente
/// 2011: 16,658
/// 2012: 17,047
/// 2013: 14,837

Rio Grande do Sul

Acidentes de trabalho
/// 2011: 57.915
/// 2012: 55.397
/// 2013: 59.627

Mortes em acidentes
/// 2011: 174
/// 2012: 166
/// 2013: 140

Incapacidade permanente
/// 2011: 1.300
/// 2012: 1.312
/// 2013: 1.133

Os setores com maior risco

Conforme a Previdência Social, os setores com maior número de acidentes de trabalho são:
/// Comércio e reparação de veículos automotores: 14% dos casos
/// Saúde e serviços sociais: 10%
/// Construção: 8,6%,
/// Transporte, armazenagem e correios: 8%
/// Indústria de produtos alimentícios e bebidas: 7,3%

/// Em 69% dos casos, as vítimas são do sexo masculino. Cerca de 48% dos trabalhadores acidentados têm entre 20 e 34 anos de idade.


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