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Vulcão Calbuco segue expelindo cinzas no sul do Chile

Autoridades alertam que atividade deve se estender por um longo tempo

25/04/2015 - 12h31min

Atualizada em: 25/04/2015 - 12h31min



* AFP

VLADIMIR RODAS / AFP
Na sexta-feira, cinzas seguiam saindo do vulcão no Chile

O vulcão Calbuco, que entrou em violenta erupção depois de mais de meio século inativo no sul do Chile, continua instável e expelindo cinzas neste sábado. Na quarta e na quinta-feira, o vulcão teve duas potentes erupções, em uma atividade que pode se estender por um longo tempo.

O Calbuco mantém uma emanação de cinzas constante. Na madrugada deste sábado, expeliu material incandescente a partir de sua cratera. "O vulcão está instável, e as erupções devem continuar, principalmente, de cinzas", indica o último relatório do Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin).

Das quase 6 mil pessoas que habitam os arredores do vulcão e que foram evacuadas, uma dezena precisou passar outra noite em abrigos. A maioria dos moradores estão alojados nas casas de amigos e familiares.

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- Continuo assustada e penso em deixar a área, mas, a longo prazo, voltaria para minha terra - disse Carolina Bayern, abrigada em um colégio de Puerto Varas.

- Eu não tenho medo do vulcão. Tenho respeito, o medo já passou. Minha casa foi destruída e sinto um grande pesar -, relatou Raúl Rangel, alojado no mesmo abrigo.

Cinzas seguem se dispersando

A nuvem de cinzas segue se dispersando para o Leste. Em Santiago, os voos domésticos estão operando normalmente, apesar de algumas companhias aéreas internacionais terem cancelado a chegada de suas aeronaves da Europa e dos Estados Unidos.

Em Montevidéu, três voos foram cancelados no aeroporto internacional de Carrasco, enquanto as autoridades convidaram a população a se proteger com máscaras em razão das cinzas que emanam do vulcão.

Erupção prejudica campos no Chile

O sempre verde sul do Chile deu lugar ao escuro das cinzas, que cobriam vastos setores agrícolas e pecuários.

- A situação de maior emergência está no raio de 20 quilômetros (de exclusão da cratera do maciço), onde os vizinhos deixaram seus campos, deixaram todos os seus bens, incluindo os seus animais - declarou o ministro da Agricultura, Carlos Furche. - Há campos que ficarão inutilizáveis por um longo tempo - acrescentou.

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O último relatório oficial estimou em cerca de 300 o número de agricultores afetados na área, além de 4 mil ovinos e bovinos e 350 animais de pequeno porte que ficaram presos após a evacuação ordenada pelas autoridades após a primeira e surpreendente erupção do Calbuco. O governo anunciou que analisa a possibilidade de fornecer um bônus de emergência para os agricultores afetados.

A área atingida, localizada na região de Los Lagos, nas turísticas cidades de Puerto Montt e Puero Varas, 1,3 km ao sul de Santiago, permanece em alerta vermelho, com uma forte presença das Forças Armadas e a suspensão das atividades escolares.


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