Mercado em queda
Acordo evita demissões na GM em Gravataí
Empresa e trabalhadores acertaram fórmula que não diminui salários
Acordo fechado nesta segunda-feira entre a General Motors (GM) e o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí vai permitir a continuidade do terceiro turno na fábrica gaúcha e, pelo menos por enquanto, evitar demissões. Foi acertado que, quando a empresa julgar necessário, para regular a produção à demanda, poderá recorrer a um day off. Ou seja, vai mandar um número que trabalhadores que julgar conveniente para casa por um determinado período, com a formação de um banco de horas e sem redução de salários.
- É um acordo que salva mais de 3,5 mil empregos - calcula Valcir Ascari, diretor do sindicato.
Foi definido que, quando o mercado reagir, os dias não trabalhados serão compensados em sábados alternados. Nestes dias de serviço, metade da jornada será paga como hora extra e, o restante, descontado do banco de horas. O acordo, fechado pela manhã, foi aprovado à tarde pelos trabalhadores. Em todo complexo trabalham cerca de 9 mil metalúrgicos, sendo 4,5 mil da montadora e, os demais, de sistemistas.
Gravataí tenta evitar 3 mil demissões na GM e em empresas sistemistas
GM retoma a produção de veículos em Gravataí
A GM cogitou fechar o terceiro turno em função da queda da vendas do setor. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que, no acumulado de janeiro a abril, os emplacamentos de automóveis somaram 725 mil unidades, retração de 18% na comparação com o mesmo período de 2014. A redução nos três modelos fabricados em Gravataí, porém, é menor: ficou em 10%. Nas exportações, também se sai melhor. Enquanto os embarques brasileiros caem, a unidade gaúcha mandou para o Exterior 7,1 mil veículos no primeiro quadrimestre, contra 2,5 mil nos quatro primeiros meses de 2014.
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