Para estimular a comunicação e fazer com que uma pessoa compartilhe detalhes da vida pessoal, faça ela rir. A conclusão é de uma pesquisa publicada na revista Human Nature e mostra que, muitas vezes, o indivíduo pode nem perceber a intenção do outro em fazê-lo rir.

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Para investigar a influência do riso nas relações, a experiência reuniu mais de cem estudantes da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e os dividiu em grupos de quatro pessoas. Os universitários assistiram a diferentes vídeos: comédia (para estimular o humor), documentário com imagens da natureza (que incentivou uma sensação agradável) e um tutorial que ensinava a jogar golfe (para provocar o sentimento de neutralidade). Após o teste, os níveis de riso e o estado emocional de cada participante foram avaliados. Os estudantes também foram estimulados pela equipe a trocar mensagens para que pudessem se conhecer melhor.

As pessoas que assistiram à comédia tinham mais probabilidade de compartilhar informações pessoais em comparação aos grupos que não riram juntos. Segundo o autor principal do estudo, Alan Gray, da University College London, a fisiologia por trás de uma boa gargalhada ajuda a explicar essas conclusões: o riso provoca a liberação de endorfina, o "hormônio feliz", o que faz com que estranhos sintam-se mais à vontade para conversar.

Curiosamente, os participantes não se deram conta da influência da comédia na comunicação que se inseriu no ambiente. Apenas os pesquisadores, que observavam a experiência, perceberam isso.

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"Dada a importância de revelar informações sobre si mesmo no desenvolvimento de fortes laços sociais, é possível que o ato de rir influencie temporariamente a disposição das pessoas a revelar informações pessoais", afirma o estudo.