O governo federal estuda permitir que recursos do FGTS (fundo de garantia) sejam utilizados para conceder créditos na compra de imóveis de até R$ 300 mil, voltados para o financiamento de habitação popular e do programa Minha Casa, Minha Vida. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

A medida é uma resposta ao baixo saldo das cadernetas de poupança, que provoca a redução na concessão de crédito - situação que já atinge a Caixa Econômica Federal, o principal banco de crédito imobiliário.

Eduardo Cunha protocola projeto que muda correção do FGTS

A poupança, que perdeu R$ 29 bilhões em depósitos de janeiro até abril, financia imóveis de até R$ 750 mil pelas regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação).

Estudo deve ser apresentado no fim do mês

A proposta da Caixa, que é gestora do FGTS, deve ser apresentada ao curador do fundo no próximo dia 26. Ainda que as construtoras tenham sugerido que fossem financiados imóveis de até R$ 400 mil, técnicos acharam mais factível manter o valor em no máximo R$ 300 mil.

Hoje, os recursos do FGTS atendem famílias com renda familiar mensal bruta de até R$ 5.400 mensais. A ampliação do limite de financiamento com dinheiro do FGTS interessa aos bancos privados, que poderiam passar a operar com essas linhas. Hoje, só a Caixa e o Banco do Brasil financiam habitação com dinheiro do FGTS.

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O FGTS entraria nos imóveis mais baratos, e os de custo entre R$ 600 mil e o limite atual de R$ 750 mil passariam a contar com uma fusão de dinheiro da poupança e de recursos captados por meio de LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Como as LCIs têm rentabilidade atrelada ao CDI, os juros ficariam mais altos.

* Zero Hora