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Músculos sintéticos

Imprensa internacional destaca caso de "Hulk brasileiro" que quase teve os braços amputados

Fisiculturista usa coquetel letal para aumentar o tamanho dos bíceps e ficar parecido com super-herói

05/05/2015 - 19h15min

Atualizada em: 05/05/2015 - 19h15min


Reprodução / Facebook

O fisiculturista Romario dos Santos Alves, 25 anos, virou notícia no mundo inteiro com fotos que exibiam seus bíceps com a marca de 63,5cm. O jovem nascido de Caldas Novas, em Goiás, usou uma substância à base de synthol para inchar seus músculos e realizar o sonho de ficar parecido com o super-herói Hulk. Mas a composição do produto - um óleo que causa inchaço localizado e álcool para ganhar medidas musculares - lhe trouxe diversos efeitos colaterais. Logo começou a ficar "gigante" e passou a chamar a atenção dos moradores de sua cidade. Entre as crianças, Romario foi apelidado de "monstro".

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Em entrevista ao site da agência de notícias Barcroft, a obsessão do jovem pelo óleo sintético começou há três anos, logo após ele ter se mudado para Goiânia.

- Eu conheci uns caras com braços bem grandes na academia e fiz amizade com eles. Eles me mostraram o synthol e eu me impressionei com os resultados. Eu perdi o controle - afirma.


Romario, à esquerda, conheceu a substância a partir de amigos da academia (Foto Reprodução Facebook)

Romario passou a injetar a substância nos músculos, que começaram a endurecer cada vez mais. Segundo ele, não podia mais injetar, de tão duros. Foi, então, que pediu para a mulher, Marisangela Oliveira, aplicar a substância em seus braços.

- Se você usar isso (o coquetel) uma vez, certamente, vai usar de novo. É viciante. Eu quero que outras pessoas vejam os perigos. Eu poderia ter morrido, tudo porque queria ter músculos maiores. Não vale a pena - contou ele à publicação.

Romário conta que recebeu um ultimato da mulher quando ela soube dos perigos do synthol. Marisangela ameaçou largá-lo caso ele não parasse de usar a substância. O fisiculturista passou a ter problemas emocionais e acabou sendo internado em uma clínica, enquanto a mulher estava grávida de seis meses.

- Essa foi a parte mais difícil da minha vida. Tive depressão e fui demitido porque tentei me matar - disse ele.

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O risco de amputação também era grande. Romario precisou passar por uma cirurgia e ouviu dos médicos que podia perder os braços. Mas o procedimento foi realizado com sucesso e retirou os pontos afetados pelo óleo.

- Me lembro que o médico me disse que eu precisaria amputar ambos os braços. Eles disseram que tudo estava duro como se fosse pedra - comenta.

Hoje, o jovem ainda planeja virar um fisiculturista, mas de forma limpa, sem a ajuda de qualquer substância.

- Eu me arrependo de muita coisa, mas ainda quero ser um fisiculturista conhecido. Tenho muito caminho pela frente, mas vou conseguir - salienta.

Assista ao vídeo com a entrevista de Romario:



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