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Seu problema é nosso

Mãe de cadeirante reclama dos horários dos ônibus adaptados da Capital

Veículo da linha 149-Icaraí estava com problemas mecânicos

28/05/2015 - 12h08min

Atualizada em: 28/05/2015 - 12h08min


arquivo pessoal / leitor

Para Ana Paula Medina, 29 anos, embarcar em um ônibus adaptado é quase como ganhar na loteria. Nesta semana, Ana Paula e a filha Ana Clara, 11 anos, cadeirante, esperaram quase três horas em uma parada de ônibus na Avenida Getúlio Vargas, em Porto Alegre, para conseguirem subir no veículo da linha 149 Icaraí, do consórcio STS.

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- Passaram nove ônibus, nenhum deles adaptado. Eu ligava para a EPTC e me informavam o horário do próximo, e assim foi até pouco antes das 14h - conta a mãe.

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As duas costumam fazer esse trajeto semanalmente para ir ao centro de convivência, onde Ana Clara, que é portadora de uma doença genética, faz tratamento.

- Me senti impotente perto da minha filha, que chorava por frio e cansaço. Minha filha é gente e ela não tem culpa por não poder andar sozinha. Até quando vamos ter que sair de casa com duas, três horas de antecedência? - questiona.

Ana Paula relata que outras mães que têm filhos cadeirantes e que são usuárias de ônibus adaptados em Porto Alegre compartilham a mesma opinião. Elas reclamam a falta de manutenção nos equipamentos dos ônibus, que muitas vezes descem para alcançar a cadeira de rodas e não sobem ou simplesmente não funcionam.

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- E quando o motorista oferece ajuda para a gente subir com a cadeira ele ainda é advertido pela empresa porque levantou para auxiliar. Isso é um absurdo - diz Ana Paula.

Reclamações

A fiscalização das linhas de ônibus em Porto Alegre é de responsabilidade da EPTC. Reclamações podem ser feitas pelo telefone 156 - Fala Cidadão.

Empresa diz que o problema foi só naquele dia

Questionada sobre o descumprimento da tabela horária dos ônibus da linha 147 Icaraí, a gerência de tráfego da empresa Trevo, responsável pela linha, confirmou que no horário das 13h de segunda-feira, seguindo a tabela horária, o carro adaptado que atendia no período teve problemas mecânicos.

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Esse ônibus foi encaminhado à oficina, causando o grande período de espera às usuárias.

A empresa Trevo informou também que todos os carros adaptados passam por inspeções mensais, e que mais da metade da frota possui acessibilidade (54%).

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