Notícias



Educação

Mudança em colégio de Cachoeirinha gera polêmica

Fechamento de escola de ensino fundamental para abertura de uma de educação infantil é alvo de reclamação de pais. Prefeitura diz que faz mudança para cumprir metas.

22/05/2015 - 07h02min

Atualizada em: 22/05/2015 - 07h02min


Jeniffer Gularte
Enviar E-mail
Fernando Gomes / Agencia RBS

A extinção gradual da Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves para a criação de uma escola municipal de educação infantil (Emei) no mesmo prédio está gerando controvérsia em Cachoeirinha. Localizada na Vila Eunice, a Castro Alves atende a 200 alunos do segundo ao quinto anos.

Saiba o que fazer se faltar vaga para seu filho na escola

Em 2015, não foi aberta uma turma do primeiro ano para que uma turma da pré-escola passasse a funcionar. A troca ocorrerá até 2020, tendo em vista que, a cada ano, a escola perderá uma turma do ensino fundamental para ganhar uma de educação infantil. A mudança, porém, tem gerado reclamações entre os pais. No município, espalhou-se o boato de que a escola será extinta.

Transferência

A secretária de Educação de Cachoeirinha, Elisamara Roxo Ramos, frisa que, na prática, a escola não será fechada, mas que ocorrerá uma transferência de serviços prestados. Como opções, os alunos da Castro Alves têm a Escola Municipal Carlos Antonio Wilkens e a Escola Estadual de Ensino Médio Governador Roberto Silveira, ambas a menos de 1km da escola de origem.

- Sabemos que há vagas de primeiro ano nestas duas escolas - diz a secretária, argumentando ainda há quatro salas de aula vazias na Carlos Antonio Wilkens.

Em contrapartida, Elisamara alega que pelo menos 162 crianças entre zero e cinco anos dos bairros Jardim Mauá e Vila Eunice estão na fila para uma vaga em Emei.
A mudança feita pela prefeitura também leva em conta o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece que o acesso à educação infantil deve ser universalizado até o ano que vem para crianças de quatro e cinco anos.

- Somos obrigados a fazer estas adaptações - diz a secretária.

Leia mais notícias sobre Cachoeirinha

Abaixo-assinado contra a decisão

A artesã Andréia Solange Costa de Oliveira, 44 anos, mãe de aluno do quarto ano e integrante do Conselho Escolar, não concorda com o fechamento do ensino fundamental na Escola Castro Alves. Ela afirma que confia nos professores e defende que a estrutura física da Castro Alves é melhor:

- Aqui, todos os alunos têm a mesma faixa etária e o atendimento é mais focado. Poderiam escolher outro lugar para fazer a Emei.

Segundo a diretora da Escola Castro Alves, Jaqueline Moraes, a proximidade que a escola tem com as famílias é um dos principais motivos que fazem os pais se mobilizarem contra o fechamento das séries do ensino fundamental.

Na tentativa de fazer a prefeitura mudar de ideia, Andréia está liderando um
abaixo-assinado que pretende reunir 5 mil assinaturas, das quais 2 mil já foram obtidas.
- Queremos provar que não é só o grupo escolar, mas o município que não quer que a escola acabe - afirma.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias