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Em assembleia

Municipários decidem manter greve em Porto Alegre

Durante assembleia na tarde desta terça-feira, desconto nos salários dos grevistas foi muito criticado

26/05/2015 - 16h56min

Atualizada em: 26/05/2015 - 16h56min


André Mags / Agência RBS

O esperado ocorreu na assembleia dos municipários, na tarde desta terça-feira, em Porto Alegre. Os servidores decidiram manter a greve iniciada na última quarta-feira. A manutenção da paralisação era esperada depois da frustrante reunião com a prefeitura, pela manhã. 

Após haver algum avanço nas negociações, o vice-prefeito Sebastião Melo anunciou que os salários dos grevistas seriam descontados na próxima folha de pagamento por causa da paralisação. A medida revoltou a categoria, que foi à assembleia contrariada com o Executivo.

Durante a assembleia, o desconto nos salários foi muito criticado. Lideranças do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) disseram que normalmente algum desconto é debatido e até efetuado ao final das mobilizações, não no início.

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Outro ponto rebatido foi o parcelamento do reajuste de 8,17% em três vezes. Quando a diretora de Comunicação do Simpa, Carmen Padilha, leu o documento encaminhado pela prefeitura com a confirmação das propostas do governo, o item do parcelamento foi amplamente vaiado. Ainda assim, o comando de greve conseguiu aprovar um intervalo de 30 minutos em cada núcleo para discutir a proposta do governo municipal.

Muitos grupos defenderam a continuação da greve. Entre os trabalhadores da Saúde, os discursos foram inflamados, com a proposta de ampliar a paralisação, envolvendo os médicos.

Pouco mais de 30 minutos depois, a assembleia em si começou. Das 20 manifestações que se seguiram ao microfone, todas foram a favor da continuidade da greve. E a decisão final foi óbvia.

Uma nova assembleia foi marcada para as 14h de quinta-feira. Antes, os municipários querem encaminhar uma contraproposta à prefeitura. O vice-prefeito afirmou que aguardará o recebimento da contraproposta para seguir negociando. Porém, lembrou que a condição para negociação é que os prédios da prefeitura não sejam bloqueados.

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As propostas da prefeitura:

1- Efeito cascata: elaboração de projeto de lei com garantia de não haver perdas passadas, presentes ou futuras, a ser elaborada no prazo de 30 dias.

2- Reposição da inflação, 8,17%, em três parcelas: maio (3,5%), dezembro (2,46%) e março de 2016 (2,01%).

3- Progressões de carreira: abertura da discussão e definição de calendário de pagamentos.

4- Plano de saúde: possibilidade de aumento de subsídio para servidores com menor vencimento e inclusão de dependente.

5- Vale-alimentação: reposição da inflação em parcela única de 8,17%.


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