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Três Passos

Réus serão recepcionados com gravação de Bernardo pedindo socorro

Acusados pela morte do menino, Boldrini, Graciele, Edelvânia e Evandro irão depor na quarta-feira à Justiça da cidade

26/05/2015 - 18h26min

Atualizada em: 26/05/2015 - 18h26min


Débora Ely
Débora Ely
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Ricardo Duarte / Agencia RBS

Um pedido de socorro na voz já rouca pelos gritos de Bernardo recepcionará os quatro principais suspeitos pela morte do menino. O pai Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganowicz falarão à Justiça de Três Passos a partir das 9h30min desta quarta-feira - mas, já às 7h, uma vigília os aguardará no centro da cidade.

- É a hora de fazer uma pressão psicológica - diz a empresária Tayná Petry, 29 anos, uma das organizadoras da homenagem.

Madrasta e amiga terão de comparecer ao interrogatório
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Tendas providenciadas às pressas em função da chuva que se anunciou nesta quarta-feira serão armadas em frente ao Fórum, e a Brigada Militar (BM) autorizou o bloqueio da avenida onde fica o prédio. Não haverá, porém, reforço no policiamento, segundo o comandante da BM na região, major Diego Munari.

Centenas de apitos foram comprados para fazer barulho junto com a gravação da voz do menino na chegada dos acusados à audiência. Diariamente, a loja de Juçara Petry - que acolheu Bernardo na ausência do pai e a quem o menino chamava de Tia Ju - tem recebido banners com homenagens vindos de diferentes regiões do Estado. E do país.

Veja imagens dos preparativos para o depoimento:


Do Paraná, foram enviados a Três Passos 200 terços azuis para a confecção de lembranças. Junto a uma foto de Bernardo, o material será entregue a quem comparecer à vigília.

- De alguma forma, nos faremos presentes - diz a moradora de Foz do Iguaçu Karine Mezzomo, 38 anos, que mandou os terços.

Defesa da madrasta de Bernardo pede afastamento de juiz por "privilégios"

Leandro Boldrini retorna a Três Passos nesta quarta-feira após cerca de um ano. Preso em 14 de abril de 2014, o médico retornou à cidade na metade do ano passado para uma audiência de um processo cível. Já a madrasta, Graciele, não esteve no município desde a sua detenção.

Por motivos de segurança, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) não informa como será o deslocamento dos réus à cidade que, pela primeira vez em um ano e dois meses, irá se deparar com os quatro principais suspeitos de terem cometido o crime que a chocou. Cartazes espalhados desde o letreiro que anuncia Três Passos em seu trevo de acesso até o prédio do Fórum e a casa onde Bernardo morava reforçam o pedido dos moradores: justiça.

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Veja o webdocumentário sobre o Caso Bernardo:

* Zero Hora


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