Trensurb
Seis semanas após descarrilamento, trens novos voltam a circular
Incidente foi causado por conjunto de fatores, incluindo falha no sistema de lubrificação e folga excessiva na barra estabilizadora
A partir desta terça-feira, a nova frota da Trensurb volta a transportar passageiros, depois de seis semanas sem operar em decorrência de um descarrilamento. Inicialmente, um trem retomará a operação comercial, somente fora dos horários de pico. Se não for detectada necessidade de novos ajustes, os demais serão liberados gradativamente até 10 de junho.
Segundo o diretor de Operações da Trensurb, Carlos Augusto Belolli, após investigação feita por técnicos da empresa e análise de testes por especialistas espanhóis, concluiu-se que um conjunto de fatores levou um truque a sair dos trilhos, mas já foram ajustados, sem gerar custos para a empresa. Um desses motivos foi lubrificação insuficiente.
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- A lubrificação do trilho é feita pelo trem. Em todas as curvas, o trem despeja lubrificante específico para as curvas. Identificamos uma falha nesse sistema de lubrificação - explica o diretor de Operações.
No veículo que descarrilou, os técnicos também encontraram uma folga excessiva na barra estabilizadora - em cada uma das suspensões que ligam o eixo da roda ao carro, há uma barra que evita que o trem se movimente demais de um lado pro outro. Belolli ainda explica que se o trem estivesse com passageiros e em velocidade maior, o incidente não teria ocorrido.
- Pelo fato de estar vazio, em baixa velocidade, com lubrificação insuficiente e folga na barra estabilizadora, todo o peso ficou em cima de um lado do trem. A roda do outro lado acabou escalando o trilho e fugindo do trilho - ressalta.
Belolli ainda afirma que este incidente, o primeiro desta natureza na Trensurb, não ocorreria nos veículos antigos, que têm suspensão diferenciada.
Nas próximas semanas, cada um dos 15 novos trens, adquiridos por R$ 242,6 milhões ao total, vai circular primeiramente sem passageiros, para análise e inspeção. Depois, retomará o transporte de usuários fora dos horários de pico. Após dois dias de operação, cada veículo é novamente inspecionado e, então, liberado para circulação plena.