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Ativista branca que fingia ser negra deixa presidência de entidade pró igualdade racial

Pais de Rachel Dolezal, 37 anos, afirmam que ela sempre quis ser negra, mas tem descendência alemã e tcheca

15/06/2015 - 15h57min

Atualizada em: 15/06/2015 - 15h57min


Montagem sobre fotos / Reprodução
Imagens mostram Rachel hoje (esq) e quando adolescente (dir)

Uma polêmica étnica chamou a atenção durante a última semana em Spokane, no noroeste dos Estados Unidos. Rachel Dolezal, 37 anos, era presidente da Associação Nacional pelo Avanço das Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês). A ativista que defende a igualdade racial, no entanto, fingiu ser negra durante anos, disseram seus pais, segundo o BuzzFeed News.

- Ela escolheu não ser ela mesma, mas se representar como uma americana de origem africana ou uma pessoa com duas raças e isso simplesmente não é verdade - afirmou Ruthanne Dolezal, mãe de Rachel.

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Nesta segunda-feira, foi divulgado um comunicado na página da entidade no Facebook - assinado por Rachel - informando que ela está deixando o cargo de presidente da organização. No texto, ela ressalta: "eu nunca vou parar de lutar pelos direitos humanos e vai fazer tudo ao meu alcance para ajudar".

Um documento repassado pelas autoridades locais ao BuzzFeed News mostram que ela marcou, em uma ficha cadastral para trabalhar na comissão de ouvidoria do cidadão da polícia, em janeiro deste ano, mais de uma etnia: branco, afro-americano e indígena-americano.

Foto de Rachel com seu filho Franklin Moore e seu irmão adotivo Izaiah Dolezal:

<BLOCKQUOTE cite=https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152375023684796&set=a.10150535559189796.396238.600839795&type=1>Posted by Rachel Dolezal on Quinta, 13 de março de 2014

Seus pais, com quem não mantém boa relação, dizem que ela "é uma artista":

- Ela consegue se descaracterizar e se fazer parecer com quem ela quiser.

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A ativista, por sua vez, alega que a questão não é tão simples quanto parece.

- É bastante complexo. Não sei se todos entenderiam. Mas todos viemos do continente africano - disse ela em entrevista.

Rachel é professora de estudos africanos na Eastern Washington University. Por ser uma ativista bastante conhecida, seguidamente aparece da mídia local defendendo as questões de igualdade racial.

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* Diário Gaúcho


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