Bem-Estar



Melhor desempenho

Meditação ajuda a manter o cérebro mais jovem

Segundo pesquisa, prática pode retardar a perda de massa cinzenta

30/06/2015 - 15h59min

Atualizada em: 30/06/2015 - 15h59min


Felipe Carneiro / Agencia RBS

A expectativa de vida da população global tem apresentado um aumento satisfatório e as pessoas estão vivendo mais. Entretanto, já a partir dos 20 anos, o cérebro passa a diminuir de peso e volume e pode perder habilidade funcionais ao longo do tempo. A boa notícia é que, recentemente, um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, Estados Unidos, descobriu que a meditação pode ser uma aliada para minimizar doenças mentais e neurodegenerativas. Segundo os pesquisadores, a prática ajuda a preservar a massa cinzenta do cérebro - tecido formado por neurônios e responsável por processar estímulos associados ao raciocínio, memória, emoções e sentidos.

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Para a pesquisa, a equipe considerou um trabalho anterior que sugeriu que pessoas que meditavam apresentavam menos atrofia relacionada à idade. A partir dessa observação, os especialistas comparam dois grupos com 50 pessoas cada: um com adeptos da prática há 20 anos e outro com voluntários que nunca meditaram. Os voluntários, com idades entre 24 e 77 anos, foram submetidos a exames de ressonância magnética.

De acordo com o estudo, todos os participantes apresentaram perda de massa cinzenta conforme o avanço da idade, mas esse índice foi menor naqueles que meditavam. Os resultados, publicados no periódico Frontiers in Psychology, sugerem que a meditação pode rejuvenescer o cérebro.

Florian Kurth, responsável pelo estudo, afirma que a equipe esperava encontrar apenas alguns efeitos da meditação em pequenas regiões do cérebro e não um efeito generalizado englobando quase todas as regiões. O pesquisador acredita que, com o aumento da incidência de declínio cognitivo e de demência, os resultados são promissores para uma abordagem capaz de melhorar a saúde mental, principalmente dos idosos.

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Outros fatores como estilo de vida, personalidade e genética podem influenciar a associação da atividade com o desempenho cerebral, variando de acordo com indivíduo, ressaltam os especialistas.


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