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Senado aprova reajuste escalonado da tabela do Imposto de Renda

Mudanças valem a partir da declaração de 2016, e tem alíquotas entre 7,5% e 27,5%

30/06/2015 - 21h59min

Atualizada em: 30/06/2015 - 21h59min


Reprodução da Internet / Laine Valgas
Contribuintes idosos, com doença grave ou deficiência física são a maior parte dos contribuintes que receberão a restituição

Os senadores aprovaram nesta terça-feira a medida provisória que corrige os valores mensais da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Editada pelo Executivo como alternativa ao veto de projeto anterior que assegurava reajuste linear de 6,5% para todas as faixas salariais, a MP prevê correção que varia de 4,5% a 6,5%, em vigor desde abril deste ano. A matéria seguirá agora para sanção presidencial, e deve afetar o IRPF declarado pelos contribuintes em 2016.

De acordo com a MP, os trabalhadores que ganham de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 pagam 7,5% em Imposto de Renda. Já para as rendas entre R$ 2.826,65 a R$ 3.751,05, o imposto é de 15%. Os que recebem de R$ 3.751,06 até 4.664,68 pagam 22,5%. A faixa mais alta, com imposto de 27,5%, pega todos com salário maior do que R$ 4.664,68. Os que recebem menos de R$ 1.903,99 ficam isentos do recolhimento do Imposto de Renda.

A MP também reajustou as deduções mensais e as da declaração anual do IRPF. Desde abril, a dedução mensal com dependentes passou de R$ 179,71 para R$ 189,59. A dedução anual por dependentes, por sua vez, é agora de R$ 2.275,08. As despesas com educação também estão corrigidas: a dedução da declaração anual passou de R$ 3.375,83 para R$ 3.561,50 na declaração de 2016.

Isenções

O relator da medida, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), acatou emenda que autoriza o Executivo a conceder subvenção econômica ao seguro rural contratado em 2014. O dispositivo torna eficaz a suplementação orçamentária de R$ 300 milhões anunciada pela presidente Dilma Rousseff em meados do ano passado, e aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2014. O seguro atenderá agricultores familiares que enfrentam estiagem em estados do Nordeste. O governo federal responde por 90% do valor do seguro safra, que recebe 6% dos estados, 3% dos municípios e 1% do pequeno produtor da área do semiárido.

O texto aprovado no Senado também manteve duas emendas apresentadas na Câmara. A primeira permite aos professores deduzir da base de cálculo da declaração de ajuste do Imposto de Renda as despesas com a compra de livros para si e seus dependentes. A segunda emenda concede isenção de PIS/Pasep e da Cofins sobre o óleo diesel. A ideia foi atender a reivindicação do movimento dos caminhoneiros para diminuir os custos com o transporte.

* Agência Senado

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