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Antônio Carlos Macedo: "Falta de água é inaceitável"

Colunista ressalta que um serviço essencial como este não pode ficar tanto tempo suspenso

24/07/2015 - 07h01min

Atualizada em: 24/07/2015 - 07h01min


Caco Konzen / Agencia RBS
Não dá pra ficar sem água nas torneiras!

Reconheço que a enchente do Rio Gravataí é uma das maiores da história. Mesmo assim, é inaceitável que um serviço tão essencial como o abastecimento de água fique tanto tempo suspenso por conta da enxurrada.

O corte, motivado pelo alagamento de áreas de captação da Corsan, atingiu Alvorada, Viamão, Cachoeirinha e Gravataí, especialmente a primeira, que enfrenta situação de calamidade pública diante de tantos dias seguidos de torneiras vazias.

A estação de bombeamento que atende o município ficou submersa, obrigando a empresa a executar uma operação emergencial para isolar a casa de bombas, trocar os motores danificados e, assim, poder retomar o envio de água para tratamento e posterior distribuição aos consumidores.

Em nota, a Corsan argumentou que suas instalações foram atingidas pela mesma enchente que acabou por destruir boa parte dos pertences de milhares de moradores. E que "obras de macrodrenagem, capazes de conter a elevação dos níveis dos rios e arroios, não são de nossa responsabilidade. Nem se deve imaginar soluções isoladas. Nossas instalações estarão protegidas se assim estiverem as cidades que abastecemos".

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Solução preventiva

Não, senhores. A Corsan tem a obrigação de garantir segurança e proteção nos espaços sob sua responsabilidade. Neste caso, uma solução isolada que garantisse a vedação das casas de bomba teria evitado que o transtorno causado pelas chuvas fosse além da população diretamente afetada por elas.

Pois cabe lembrar que a distribuição de água foi o único serviço que deixou na mão também a população que mora longe das áreas alagadiças e nem de longe foi ameaçada pela enchente. Para ficar apenas no caso de Alvorada, menos de 10% dos seus 200 mil moradores foram atingidos pelos alagamentos, mas 100% ficaram sem água em suas residências. Além disso, a solução emergencial encontrada pela Corsan mostra que, sim, é possível operar as bombas em meio à inundação.

Se foi possível isolar a estação afetada no meio da enchente, fica evidente que um esquema preventivo pode ser providenciado. É o mínimo que se espera da Corsan depois que as águas baixarem.

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